Depois de um ano suspensas, as importações de bens e serviços, como computadores, equipamentos e reagentes, para projetos de pesquisa voltaram a ser liberadas pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A fundação tinha proibido importações para projetos que financia em agosto do ano passado, por causa da crise cambial - a cotação do dólar, em plena campanha eleitoral, girava em torno de R$ 3,70. Na época, a Fapesp argumentou que precisava preservar sua capacidade de investimento a longo prazo. A decisão anunciada ontem beneficia 144 projetos.
Com a moeda americana cotada em torno de R$ 3, o Conselho Superior da Fapesp decidiu reiniciar de "forma planejada e gradativa" a importação de bens e serviços. Segundo o diretor-científico da fundação, José Fernando Perez, serão liberados US$ 5,4 milhões, inicialmente para projetos com término previsto até 31 de outubro. "Nossa intenção é evitar danos irreparáveis aos trabalhos em fase final de realização".
De acordo com Perez, a política adotada pela Fapesp nos últimos 12 meses foi outro fator que ajudou a tornar possível a retomada das importações. "Nesse período, não fizemos nenhuma concessão nova", explica. "Por isso, nossas finanças estão equilibradas e agora temos disponibilidade de recursos para honrar os compromissos com as importações".
Para que tenham seus projetos entre os contemplados, os pesquisadores precisarão atender a alguns requisitos. Um deles é estabelecer um novo prazo para a conclusão do trabalho. Deverão também demonstrar que os bens e serviços que desejam comprar são absolutamente indispensáveis.
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Jornal de Piracicaba