A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a farmacêutica GSK e a Biominas, instituição de promoção de negócios ligados às ciências da vida, fecharam nesta semana um acordo para apoiar projetos inovadores em saúde, desenvolvidos por startups. O foco das pesquisas será em doenças como câncer e Aids, além de problemas respiratórios e imunoinflamatórios.
A ação ocorre dentro de um programa iniciado pela Fapesp em 1997, que visa estimular projetos científicos e tecnológicos em startups. A ideia é que a fundação paulista arque com os custos financeiros do projeto com até R$ 5 milhões durante três anos, enquanto GSK e Biominas fornecerão orientação e suporte às pequenas companhias.
“O objetivo da Fapesp é que São Paulo possua mais e melhores empresas de base tecnológica, o que representa desenvolvimento para o estado, além de aumentar as oportunidades de emprego para cientistas e pesquisadores”, afirmou o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
“Estamos fazendo um experimento com empresas menores, com até cinco empregados, porque esperamos uma maior facilidade para trabalhar, com mais foco, rapidez e originalidade, além de menos burocracia”, explicou Isro Gloger, diretor da área científica da GSK.
A chamada para as empresas interessadas foi aberta há duas semanas e permanecerá por dois anos. A seleção será constante, conforme as propostas que apareçam interessem ao projeto. Na primeira fase, serão convocadas dez startups, que receberão apoio de até R$ 200 mil. Em outra fase, três delas receberão um aporte maior, que pode chegar a R$ 1 milhão.
“Nosso desejo é que surja uma grande ideia, a partir da qual seja possível desenvolver novos medicamentos contra as doenças estipuladas”, conta Gloger. Ele ressalta que, apesar de a farmacêutica “ter preferência de compra sobre eventuais descobertas, sua propriedade intelectual pertencerá às startups”.