SÃO PAULO - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou recentemente dados que mostram que o número de pesquisadores estrangeiros tem estimulado e aumentado a internacionalização da pesquisa no estado. O exemplo que mais se destaca é o das ciências exatas e da Terra. Em 2007, 16% das bolsas de pós-doutorado da Fundação foram concedidas a pesquisadores que se graduaram em outros países. Já entre as novas bolsas do ano de 2012, esse índice aumentou para 34%. Entre 2007 e 2012, somente na área de ciências biológicas, o aumento foi de 6% para 11%, e em ciências sociais aplicadas, saiu do zero para 6%.
A Fapesp criou em 2009 o Programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (Espca), modalidade de apoio que busca aumentar a exposição internacional de áreas de pesquisa de São Paulo que já são competitivas mundialmente.
A vinda dos pesquisadores do exterior também é acompanhada por um movimento de ida de estudantes e pesquisadores brasileiros para fazer estágios em outros países. Entre outubro de 2011 e maio de 2013, a Fapesp concedeu 1.135 bolsas por meio da Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (Bepe), programa destinado a alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado e pesquisadores de pós-doutorado de São Paulo para impulsionar a internacionalização da pesquisa.
Os Estados Unidos têm a preferência quando os estudantes fazem os estágios, com duração de um mês a seis anos. Nesse período, o país recebeu 420 bolsistas oriundos de São Paulo apoiados pela Fundação, dos quais 136 das ciências biológicas e 80 das exatas. A França recebeu 108 bolsistas, dos quais 27 são provenientes da área de humanas.
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