A Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) irão investir R$ 150 milhões em startups de base tecnológica e científica em São Paulo. O programa terá a duração de seis anos com um orçamento de R$ 30 milhões nos primeiros cinco anos, enquanto o último servirá para prestação de contas e encerramento das atividades. A ação conta com apoio da Associação Brasileira de Startups (Abstartups)
O projeto pretende apoiar pelo menos 35 startups por ano que serão selecionados com base em no mínimo dois editais no período. Para o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello, ainda não é certo que o orçamento do projeto ficará restrito aos R$ 150 milhões. “Se nós conseguimos apoiar mais [mais] melhor. Se for necessário a alocação de mais recursos, tenho certeza que o Conselho Superior, que os colegas do Conselho Técnico Administrativo verão com muito bons olhos”, disse hoje no evento de anúncio.
Mello destacou ainda que um dos pontos centrais é a ampliação do leque de empresas dentro programa de Pesquisa Inovativa na Pequena Empresa (PIPE). Isso porque, segundo o diretor, o projeto não teria alcançado o número de clientes esperado pela FAPESP. Outro objetivo é conseguir a certificação dos produtos inseridos no programa, a fim de garantir que eles entrem no mercado.
Cada chamada somará R$ 25 milhões, com direcionamento de até 1,250 milhão por startup. As selecionadas também irão dispor de capacitação e consultoria do Sebrae, que irá complementar a parte de pesquisa e inovação ad FAPESP. Ao menos 80 técnicos do Sebrae passarão por treinamentos para compreender os instrumentos já disponibilizados pela FAPESP.
O diretor superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit, adiantou que o programa visa auxiliar startups principalmente nas vendas. “Nós vamos tirar projetos inovadores do laboratórios para levar ao cliente final, tanto B2B quanto B2C”, disse.
A ideia é também investir em empresas que ainda não estão gerando caixa por terem um ciclo de desenvolvimento mais longo. E as startups das verticais chamadas de deep tech são uma “brutal” falha do mercado, conforme palavras de Carlos Américo Pacheco, Diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP. “O que estamos propondo com o Sebrae é atuar onde o mercado não atua”, explicou.