A FAPESP assinou, no dia 26 de agosto, um acordo de cooperação para pesquisa com a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Nepad), agência da União Africana para a implementação de projetos voltados para o desenvolvimento socioeconômico que representa os 54 países do continente.
O acordo prevê a colaboração de pesquisadores ligados a instituições de pesquisa no Estado de São Paulo e na África em projetos sobre produção sustentável de bioenergia.
O documento foi assinado por Mossad Elmissy, diretor da Divisão de Energia da Nepad, Celso Lafer, presidente da FAPESP, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação. Fernando Dias Menezes de Almeida, assessor da Presidência, Virgínia Subiñas, assessora técnica da Diretoria Científica da FAPESP, e Carlos Eduardo Lins da Silva, consultor em Comunicação participaram da cerimônia.
?Trata-se de um acordo muito interessante para a FAPESP por dar início a um processo de cooperação original, com aspectos políticos e geográficos que nos permitem pensar globalmente e não apenas setorialmente?, disse Lafer.
O acordo foi elaborado a partir do interesse da FAPESP, de pesquisadores associados à Universidade de Stellenbosch ? que mantém cooperação com a FAPESP desde 2013 ? e ao programa Global Sustainable Bioenergy (GSB), iniciativa apoiada pela Fundação, pelo Oak Ridge National Lab, nos Estados Unidos, e pelo consórcio público-privado holandês Be-BASIC, voltado para a criação de conhecimento e tecnologias para estimular a química industrial sustentável.
?Estamos prontos para começar o trabalho?, disse Brito Cruz. ?A FAPESP apoia o projeto ?Contribuição de produção de bioenergia pela América Latina, Caribe e África ao projeto GSB-LACAF-Cana-I? que, desde já, pode abrir oportunidades de pesquisa para projetos conjuntos.?
O objetivo do projeto é investigar possibilidades de produção de bioenergia de forma sustentável em Moçambique, na África do Sul, na Colômbia e na Guatemala.
?Estamos conscientes da expertise e da capacidade de desenvolvimento da indústria de biocombustíveis e do etanol no Brasil. A África tem muitos recursos para produção de bioenergia e nossa cooperação permitirá que esse conhecimento seja estendido aos países africanos, ao mesmo tempo em que abrimos o acesso de pesquisadores brasileiros ao mercado africano?, disse Elmissy.
?A exemplo do trabalho conjunto de pesquisadores dos dois países na África do Sul e em Moçambique no programa GSB, o acordo assinado com a FAPESP vai permitir o avanço da cooperação para as regiões central, oeste e norte do continente?, disse o diretor da Nepad.