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FAPESP e Museu of Fine Arts de Houston celebram parceria (1 notícias)

Publicado em 12 de abril de 2004

"No Brasil, o projeto será coordenado pela professora Ana Maria Belluzzo. Será feito um levantamento e uma digitalização da produção latino-americana de arte moderna e contemporânea", disse Carlos Vogt, presidente da FAPESP. Ana Maria é professora da História da Arte da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Segundo Vogt, os custos do projeto serão assumidos pelos norte-americanos. Interessada no assunto desde 2001, quando criou o Centro Internacional para as Artes do Continente (ICAA na sigla em inglês), o museu norte-americano pretende atingir três grandes objetivos com essa parceria celebrada com a FAPESP, que será o agente centralizador das atividades desse projeto no Brasil. A primeira meta é recuperar um volume considerável de documentos e textos relativos à produção, interpretação e apresentação das nossas artes plásticas. Em seguida, todo o material obtido deverá ser publicado para que ele possa ser consultado por todos os interessados, mas principalmente pela comunidade latina que vive nos Estados Unidos. Uma última missão programática do convênio é disseminar o material coletado para crianças e adultos em grandes audiências de museus. Toda a produção científica deverá ser inserida ainda nos programas de educação e história da arte norte-americanos, no ensino básico ou superior. Pelo acordo, Museum of Fine Arts de Houston e FAPESP deverão desenvolver atividades conjuntas por, no mínimo, cinco anos. Haverá, além de intercâmbio de informações e publicações acadêmicas, um fluxo de docentes, pesquisadores e alunos entre São Paulo e Texas. O projeto multifacetado do ICAA "Visando à recuperação das fontes críticas da arte latinoamericana e da comunidade latina nos Estados Unidos" já realizou algumas ações. Está em cartaz no museu, por exemplo, a exposição Inverted Utopias, que será aberta em 20 de junho. É uma coletânea de trabalhos realizados por artistas latinoamericanos, inclusive brasileiros, entre 1920 e 1970. Depois do Brasil, outras parcerias devem ser fechadas com outros países da América Latina. (Agência Fapesp, 6/4)