Notícia

EAE Máquinas

FAPESP e Finep divulgam as dez empreas selecionadas na segunda chamada para Sirius

Publicado em 27 dezembro 2016

Por Felipe Paiva

A FAPESP e Finep estimulam o desenvolvimento de tecnologias de classe mundial através de apoios como do Programa PIPE/PAPPE Subvenção, que procura desafios tecnológicos demandados para a construção e operação de um equipamento de pesquisa de 4ª geração.

 

Para a segunda fase de propostas para desenvolvimento de produtos e serviços do Sirius, nova fonte brasileira de luz síncrotron, em construção no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, dez empresas foram selecionadas.

 

“A expectativa é que, ao final de dois anos, todas essas empresas entreguem protótipos que serão testados pela equipe de engenheiros e cientistas responsáveis pelo projeto Sirius”, afirma José Roque da Silva, diretor do LNLS.

 

O programa Sirius será formado por um conjunto de aceleradores de elétrons e por estações experimentais, conhecidas como linhas de luz, instalados num prédio de 68 mil metros quadrados. A própria obra, por exigência de estabilidade térmica e mecânica, já constituiu um desafio para a engenharia brasileira.

 

Veículos não tripulados estão sendo estudados para serem usados como soluções tecnológicas para monitorar o túnel de concreto que abriga o acelerador no programa Sirius.

 

As empresas selecionadas em 2015 na primeira chamada do projeto, já estão desenvolvendo seus projetos.

 

“A ideia é criar um mercado de fornecedores nacionais e, ao mesmo tempo, qualificar essas empresas para que utilizem o conhecimento adquirido em outras aplicações no Brasil e no exterior”, sublinha Roque da Silva.

 

A equipe de engenheiros e cientistas do LNLS fará regularmente o acompanhamento dos projetos. “Algumas empresas selecionadas na primeira chamada já estão bem avançadas em seus projetos de detectores, de cerâmicas e em alguns da área de eletrônica”, adianta o diretor do LNLS. A FCA, ele exemplifica, já está pronta para competir no mercado externo. “O projeto Sirius e a FAPESP transformaram uma empresa familiar numa empresa de tecnologia de classe mundial”.

 

Roque da Silva acredita que as empresas responsáveis pelo desenvolvimento de cabanas experimentais – área protegida de radiação onde são realizados os experimentos com luz síncrotron – também podem ter boas oportunidades no mercado externo, do ponto de vista da tecnologia. “O próprio LNLS acaba lhes abrindo as portas internacionais, já que nossos eventos e seminários reúnem especialistas de síncrotrons do mundo todo.” Mas ressalva: “Essas empresas precisarão de apoio para conquistar mercados no exterior já que terão que superar obstáculos jurídicos e logísticos que exigem recursos e orientação”.