A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Braskem firmaram hoje um convênio de cooperação para a pesquisa em monômeros e polímeros (utilizados na produção de plásticos) a partir de matérias primas renováveis como açúcares, etanol e biomassa, entre outros derivados de biocombustíveis.
Em conjunto, as duas instituições aplicarão R$ 50 milhões ao longo de cinco anos. Segundo o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, o convênio faz parte da estratégia da empresa para se consolidar como líder mundial na fabricação de biomassa. "Ano passado ganhamos um prêmio mundial de inovação do setor petroquímico pelo desenvolvimento do polietileno verde. Nosso objetivo é seguir nesta direção", afirmou.
O diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, destacou a importância da abertura da possibilidade de apoio à pesquisa do setor privado em tecnologia, além do trabalho já feito em pesquisa acadêmica.
Segundo Grubisich, as unidades de produção das matérias plásticas renováveis provavelmente serão em Triunfo (RS) ou em Camaçari (BA), onde a Braskem já possui unidades de produção petroquímica, mas não descarta a inauguração de uma unidade no estado de São Paulo. "A enorme produção de cana-de-açúcar no Estado pode ser decisiva no posicionamento", afirmou.
O objetivo da Braskem é produzir 200 mil toneladas de bioplástico por ano.