A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) concluiu que ao menos R$ 5,3 milhões em recursos públicos foram desviados de projetos científicos do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp entre 2013 e 2024.
O valor atualizado consta no relatório final de uma auditoria interna, que também levou a Fapesp a ajuizar 34 ações de cobrança contra pesquisadores responsáveis pelas contas afetadas. Leia a nota da fundação na íntegra abaixo.
De acordo com a fundação, do total desviado, R$ 5.077.075,88 foram movimentados diretamente por Ligiane Marinho de Ávila, ex-funcionária do Escritório de Apoio da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp), ligada ao IB.
Pesquisadores condenados
Ligiane é suspeita de ter feito 220 transferências bancárias, sendo cerca de 160 enviadas diretamente para a conta pessoal dela. Parte dos desvios também envolveu empresas da ex-funcionária e outras três pessoas jurídicas.
A Fapesp aponta que a ex-servidora agiu intencionalmente ao usar notas fiscais falsas para desviar recursos. Já os pesquisadores teriam contribuído por negligência, já que permitiram que ela acessasse as contas dos projetos, o que vai contra as regras da fundação.
Entre os casos já julgados, segundo a Fapesp, três pesquisadores foram condenados a devolver valores que variam entre R$ 31 mil e R$ 243 mil. Dois outros docentes escolheram fazer o ressarcimento pela via administrativa, somando R$ 38,2 mil.
A fundação destacou ainda que as ações judiciais tramitam na 1ª, 2ª e 3ª Varas da Fazenda Pública de Campinas e também na capital paulista, sendo a maioria delas ainda analisada na fase de instrução processual.
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