Pesquisa para Inovação – A FAPESP anunciou uma série de novidades no Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas ( PIPE ). Uma delas é o aumento de R$ 500 mil no valor-limite de financiamento de projetos aprovados para a Fase 2, de desenvolvimento tecnológico de uma solução inovadora, e do PIPE Invest . Essa nova modalidade do PIPE oferece fundos suplementares para projetos PIPE Fase 2 de comprovado sucesso, quando houver terceira parte interessada, com o objetivo de tornar a inovação de base tecnológica desenvolvida ainda mais robusta e acelerar a comercialização.
Agora, as startups apoiadas nessas duas modalidades do PIPE podem receber até R$ 1,5 milhão (antes, o valor era de R$ 1 milhão) para avançar no desenvolvimento de seus projetos de inovação.
“Também fizemos ajustes no tipo de serviço que pode ser contratado por meio desse recurso”, disse Luiz Eugênio Mello , diretor científico da FAPESP, durante o evento “Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa”, que aconteceu em 28 de setembro.
Pelas novas regras, as startups apoiadas pelo PIPE poderão contratar serviços de apoio à comercialização das soluções desenvolvidas com recursos da reserva técnica – a parcela que pode ser usada para custos de infraestrutura direta do projeto.
“O objetivo dessa iniciativa é permitir que a empresa possa caminhar de forma mais ágil para validação tecnológica e chegada ao mercado e aferir lucros mais rapidamente”, explicou Agma Traina , membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
As empresas com projetos vigentes nas fases 1 (de prova de conceito de uma pesquisa inovadora) e 2 do PIPE também poderão utilizar recursos da reserva técnica para custear a presença em ambientes de inovação, como incubadoras. O tempo de apoio poderá ser de até 33 meses.
“Os ambientes de inovação têm que ser espaços que ofereçam serviços específicos para empresas de base tecnológica, como auxílio à propriedade intelectual e para criação de design funcional, e outros serviços associados, como suporte administrativo, jurídico e ligação com outros empreendedores e investidores”, sublinhou Paulo Schor , membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Modelagem de negócios
Outra mudança nas normas do PIPE é a introdução de ferramentas de modelagem de negócios para avaliação de projetos submetidos às fases 1 e 2 do programa.
Os proponentes de projetos para a Fase 1 do PIPE deverão empregar a ferramenta Lean Canvas para indicar, por exemplo, quais segmentos-alvo de mercado a solução que pretendem desenvolver deve atingir.
“Essa ferramenta, mais simplificada que o Business Model Canvas, é empregada para modelagem de negócios em estágios muito embrionários, que demandam a realização de uma etapa anterior de descoberta e validação do cliente”, disse Anapatricia Morales , membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.
Já os proponentes de projetos para a Fase 2 do programa deverão apresentar um planejamento de negócios, demonstrando a estratégia que a empresa adotará para acessar mercados a partir da pesquisa inovadora.
“Não queremos que os proponentes façam o tradicional plano de negócios. Estamos propondo que elaborem um documento intermerdiário não tão detalhado”, afirmou Morales.
A fim de auxiliar os proponentes de projetos a elaborar seus planos de negócios e de pesquisa, a coordenação do PIPE disponibilizou no site do programa modelos com diversas dicas.
“Criamos uma série de ferramentas com instruções e dicas para que os proponentes possam ter maior apoio para submeter seus projetos”, disse Luciana Hashiba , coordenadora-adjunta da área de inovação da FAPESP.
Fonte: FAPESP.br. Acesso em: 13/10/2022
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