Entidade bateu recorde histórico de investimentos no ano passado
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) investiu R$ 638 milhões no apoio a pesquisa em 2008. O valor, 16% superior ao de 2007, configura o maior desembolso da história da Fundação. Entre os anos de 2001 e 2008, a entidade aplicou R$ 3,9 bilhões em projetos de pesquisa no Estado de São Paulo. O desempenho acompanha a evolução da transferência de 1% da receita tributária do Estado de São Paulo para a Fundação, conforme manda a Constituição Estadual. No período, a soma de recursos provenientes das transferências do Tesouro do Estado foi de R$ 3,3 bilhões.
Em paralelo ao crescimento do investimento, o número de contratações de bolsas e auxílios a pesquisa também aponta crescente evolução. Em 2008, foram contratados 11.336 novos projetos de pesquisa - volume 7% superior a 2007.
Celso Lafer, presidente da Fapesp, afirmou que a Fundação está construindo um novo patamar de trabalho. "Uma dessas coisas novas do trabalho é o capítulo da internacionalização, por meio do estabelecimento de uma série de convênios e acordos que visam não apenas a ampliar o volume de recursos para pesquisa, mas a fortalecer o mecanismo de rede entre pesquisadores brasileiros e de outros países", disse.
Lafer destaca que os pesquisadores faziam o mestrado no Brasil e o doutorado no exterior até a consolidação da pós-graduação no Brasil. Isso criava redes naturais entre pesquisadores. A consolidação da pós-graduação no país quebrou esse processo. "A internacionalização visa, de maneira estruturada, a criar essas redes internacionais. ", afirmou.
Do total de recursos aplicados em pesquisa pela FAPESP em 2008, 35% - R$ 224 milhões - destinaram-se ao pagamento de Bolsas, nas diversas modalidades. Esse valor foi 25,8% superior ao de 2007.
Um estudo realizado para o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) mostrou que, de 1996 a 2003, formaram-se 15.711 doutores em São Paulo. Do total, 6.822 estão trabalhando em outros Estados - 1.296 deles no Paraná, 1.091 em Minas Gerais e 571 no Rio de Janeiro.