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Fapesp anuncia US$ 680 mi para 17 centros de pesquisa

Publicado em 17 maio 2013

SÃO PAULO - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) divulgou esta semana os 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) que serão custeados pela instituição. Segundo reportagem publicada no site da instituição, e anúncio feito pelo governo do estado, os Centros abrigarão 535 cientistas do estado e 69 de outros países, na condição de pesquisadores principais ou associados.

O investimento total estimado é de US$ 680 milhões, sendo US$ 370 milhões da Fapesp e US$ 310 milhões em salários pagos pelas instituições-sede aos pesquisadores e técnicos. Indústrias parceiras e outras agências de fomento à pesquisa auxiliarão no custeio, com fundos adicionais. “O financiamento de grande porte e de longo prazo permite ousar nos objetivos de pesquisa, garante a consolidação da equipe e, ao mesmo tempo, confere maior escala à pesquisa científica e tecnológica no estado”, afirma o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Os centros serão custeados pela Fapesp e instituições-sede por meio de financiamento de pesquisadores, pessoal técnico e de apoio e de investimentos em infraestrutura, durante 11 anos. O processo de seleção mobilizou 150 revisores brasileiros e estrangeiros e um comitê internacional formado por 11 cientistas convidados, além dos comitês internos da Fapesp. As 90 propostas, apresentadas no âmbito do Programa Cepid foram avaliadas pelo mérito científico, ousadia, originalidade, competitividade internacional e pela qualificação das equipes e suas lideranças.

As 17propostas aprovadas envolvem os seguintes temas de pesquisa: alimentação e nutrição; vidros e cerâmica; materiais funcionais neurociência e neurotecnologia; doenças inflamatórias; biodiversidade e descoberta de novas drogas; toxinas, resposta imune e sinalização celular; neuromatemática; ciências matemáticas aplicadas à indústria; obesidade e doenças associadas; terapia celular; estudos metropolitanos; genoma humano e células-tronco; engenharia computacional; processos oxidantes e antioxidantes em biomedicina; violência; óptica, biofotônica e física atômica e molecular. As equipes dos Cepids têm composição multidisciplinar e são formadas por pesquisadores principais, associados e visitantes, pós-doutores, estudantes de pós-graduação e técnicos, com apoio de pessoal qualificado para a administração e gestão. Sua característica mais importante é a multiplicidade da missão. Além de desenvolver investigação fundamental ou aplicada, os Centros devem procurar ativamente oportunidades para contribuir com a inovação por meio do desenvolvimento de meios eficazes de transferência de tecnologia. São também responsáveis por oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio e ao público em geral.

Os projetos prevêem o envolvimento de estudantes e professores em atividades de investigação e formação e incluem ações de divulgação da ciência. O Programa Cepid foi iniciado pela Fapesp em 2000, com suporte a 11 centros de pesquisa no período de 2001 a 2013. Todos atingiram os objetivos propostos em seus planos de pesquisa, inovação e difusão, constituindo, ao longo do período de financiamento, plataformas de pesquisa, desde a ciência básica até a aplicação do conhecimento. Em 2011, foi anunciada uma segunda chamada de pesquisa, por meio da qual foram selecionados os 17 Cepids agora anunciados. Sete dos 11 Cepids de 2000 ampliaram o seu escopo de investigação e tiveram novos planos de pesquisa, inovação e difusão aprovados no edital de 2011. O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), por exemplo, tendo se consolidado como um centro de referência na observação georreferenciada de cidades.

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