A FAPEMIG (Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais) investirá R$ 72 milhões para a criação de 13 INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) no estado mineiro. Do montante, já foram liberados R$ 36 milhões referentes à parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
As áreas de conhecimento contempladas abrangem setores estratégicos para Minas Gerais, como o agronegócio e a tecnologia da informação. Os investimentos foram direcionados aos centros temáticos de café, medicina molecular, nanomateriais de carbono, nano-biofarmacêutica, combate à dengue, planta-praga, desenvolvimento de vacinas, pecuária, ciência animal, engenharia, web, energia elétrica e biodiversidade.
Os INCT's congregam universidades e centros de pesquisas em atividades voltadas para áreas específicas do conhecimento. O objetivo principal é incentivar a pesquisa, a formação de recursos humanos e a transferência de tecnologia, agindo de forma estratégica no sistema nacional de C&T. Em todo o país, outros 110 institutos entrarão em ação.
Os institutos foram selecionados a partir de um edital lançado pelo CNPq em 2008. Foram 261 propostas recebidas. A primeira seleção contemplou 101 institutos, mas, após análise dos pedidos de recursos, foram selecionados outros 22 projetos. Além dos 13 em Minas Gerais, a região Sudeste terá 44 institutos em São Paulo e 20 no Rio de Janeiro.
As propostas aprovadas receberão financiamento por até cinco anos, sendo que os recursos para os três primeiros já estão garantidos. O desempenho de cada instituto será acompanhado pelo CNPq e por um Comitê de Coordenação.
Investimentos e parceiros
Os INCTs são resultado do novo programa do governo federal que, com recursos próprios e de parceiros, destinará R$ 581 milhões a grupos de pesquisa em todo o país. A FAPEMIG é um dos parceiros, contribuindo com "o segundo maior aporte de recursos estaduais, sendo superado apenas pelos investimentos da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo)", como diz o presidente da Fundação, Mario Neto Borges.
Além das duas FAP's, participam da iniciativa a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o Ministério da Saúde, a Petrobrás, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e as Fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), do Pará (Fapespa), do Rio de Janeiro (Faperj), de Santa Catarina (Fapesc), do Piauí (Fapepi) e do Rio Grande do Norte (Fapern).