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Faculdade de Odontologia de Bauru, desde criação (1 notícias)

Publicado em 23 de junho de 2016

A FOB – Faculdade de Odontologia de Bauru, integra o Campus da Universidade de São Paulo, juntamente com o Centrinho/HRAC, e a Prefeitura do Campus Administrativo de Bauru.

 

Criada em 1948, a FOB foi implantada efetivamente em 1962, e conta atualmente com cursos nas áreas de Odontologia e de Fonoaudiologia.

 

Os cursos de Odontologia e Fonoaudiologia proporcionam aos alunos uma fundamentação teórico-prática e científica integrada, com objetivo de formar profissionais altamente qualificados e oferece a oportunidade de se engajarem em programas de iniciação científica à pesquisa, através do PET – Programa de Educação Tutorial – CAPES/MEC, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de iniciação Científica-CNPq/USP e Bolsas de Iniciação Científica – FAPESP.

 

Constituída por 6 departamentos de ensino, a FOB conta com 118 docentes, a maioria em tempo integral, e 233 servidores administrativos, operacionais e técnicos que, juntamente com seus alunos de graduação e pós-graduação, são responsável pela alta qualificação no ensino, pesquisa e serviços prestados à comunidade, como demonstrado pelos índices de avaliação realizada pelos órgãos competentes.

 

Entre suas metas, a prioridade é a formação em nível de graduação de cirurgiões-dentistas e fonoaudiólogos, contando para isso com a motivação do nosso corpo docente. Em seguida, o aprimoramento das atividades de pós-graduação, ajustando-se o tempo de titulação e publicações oriundas dos trabalhos de dissertações e teses.

 

Para atingir essas metas, almeja-se sempre a obtenção e adequação de espaços físicos, como laboratórios e clínicas, que permitam a aplicação segura e eficiente dos três princípios básicos da Universidade, ou seja:

 

I) promover e desenvolver todas as formas de conhecimento, por meio do ensino e da pesquisa;

 

II) ministrar o ensino superior visando à formação de pessoas capacitadas ao exercício da investigação e do magistério em todas as áreas de conhecimento, bem como à qualificação para as atividades profissionais e

 

III) estender à sociedade serviços indissociáveis das atividades de ensino e pesquisa.

 

Vamos contar um pouco de sua história

 

Comecemos pela Universidade de São Paulo, que é uma universidade pública mantida pelo Estado de São Paulo e ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. A USP é uma das mais importantes instituições de nível superior do Brasil. É reconhecida por diferentes rankings mundiais que medem a qualidade das universidades a partir de diversos critérios, principalmente os relacionados à produtividade científica.

 

A USP está presente em todo o Estado com campi nas cidades de São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, além de Unidades de Ensino, Museus e Centros de pesquisa situados fora desses espaços e em diferentes municípios.

 

Oferece 249 cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento; a pós-graduação é composta por 239 programas. Atualmente, a USP é responsável por 22% da produção científica do país.

 

(Na imagem, um dos cartões postais da USP, a Praça do Relógio no Campus Butantã, São Paulo-SP. A foto é de Cecília Bastos, Banco de Imagens USP).

 

A Faculdade de Odontologia de Bauru desde o princípio

 

O começo da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) se deu num prédio provisório, com uma turma inicial de dez alunos. Os professores eram poucos, mas os pioneiros trabalharam para o cumprimento das expectativas da cidade de Bauru, que passava a ter sua primeira escola pública na área de saúde.

 

Passados 54 anos, a FOB-USP é a mais importante na área de odontologia da América Latina e supre muitas outras universidades do Brasil e do mundo com professores e profissionais formados com sua filosofia.

 

Paulo Amarante de Araújo, Luiz Ferreira Martins, Luiz Casati Alvares e Maria Fidela de Lima Navarro, na comemoração dos 50 anos de história da faculdade, se reuniram para relembrar de fatos importantes.

 

Eles fazem parte do quadro de professores e diretores que tiveram passagens importantes pela universidade, sendo que Amarante, Martins e Casati foram membros do primeiro corpo docente, enquanto Maria Fidela foi aluna da primeira turma.

 

Quando vieram para Bauru para ensinar na Faculdade de Odontologia, os professores Luiz Casati e Luiz Martins pensavam que faculdade recém-implantada lhes daria a chance crescer profissionalmente, em época que era vigente o sistema de cátedra, onde apenas um professor alcançava o posto de catedrático, o mais alto da carreira, e se tornava o primeiro da hierarquia no corpo docente.

 

Os demais professores, auxiliares dos catedráticos, para chegar a essa posição era muito difícil, já que o cargo era vitalício. “Entre esses auxiliares havia alguns jovens com esperança de fazer coisas novas. Não é que os catedráticos impedissem, mas era difícil que um professor assistente conseguisse Entusiasmo para subir na carreira modificar a estrutura estabelecida por um catedrático”, explica Amarante.

 

A partir de então, veio para Bauru uma grande quantidade de jovens professores, entusiasmados para crescer em suas carreiras e trabalhar para atender as expectativas da cidade, que há anos desejava uma faculdade pública na área de saúde. Foi quando Paulo Amarante, que foi diretor da entidade de classe dos dentistas, se mobilizou juntamente com a comunidade para instalar a faculdade, acreditando que eles foram bem sucedidos na tarefa. “Acredito que, além de termos correspondido, conseguimos superar as expectativas que existiam para a implantação e sucesso dessa faculdade” afirma.

 

25 de janeiro de 2.016: 54 anos de Faculdade de Odontologia de Bauru

 

Vamos ao início prático, pela aula inaugural que aconteceu no dia 17 de maio de 1962, tendo apenas dez alunos. Mas em 1.948, a Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP) foi criada no papel, levando 14 anos para começar a funcionar por conta de uma série de dificuldades financeiras e administrativas.

 

Desde a idealização, o propósito era de fazer diferença e ser referência. “No ensino, é preciso estar sempre adiante, não se pode parar”, afirmava no Jubileu de Ouro da FOB-USP, o então diretor professor-doutor José Carlos Pereira.

 

Segundo Pereira, esse princípio fundador se consolida e permanece guiando o rumo dos próximos anos: daqui para frente, o objetivo é modernizar o modelo acadêmico de excelência que conquistou reconhecimento internacional. A adaptação passa por mudanças da estrutura curricular e do projeto político-pedagógico dos cursos, tanto no âmbito técnico quanto filosófico.

 

Isso significa repensar formas de ensinar e aprender , tirando maior proveito dos recursos tecnológicos, incentivando a pesquisa científica, a internacionalização do conhecimento e a interdisciplinaridade, além de envolver cada vez mais a comunidade, os alunos e os funcionários nessa proposta. “Quando consideramos o paciente como ser humano, não há limite para a integração de conhecimentos. Por isso, precisamos de um corpo de profissionais heterogêneo, não só das ciências biológicas, mas também das exatas e humanas”, analisava o diretor na comemoração do Jubileu de Ouro. (SIC Jornal da Cidade).

 

O novo programa curricular dos cursos da FOB  está inserido de maneira mais consistente no contexto da saúde, interagindo com as demais profissões da área. “Antes de formar o especialista, queremos formar um dentista generalista apto para trabalhar em uma clínica integrada”, afirma à época José Carlos Pereira. A vivência da prática clínica e do atendimento à comunidade, característica marcante nos cursos da FOB, ganha mais subsídios teóricos. As oportunidades de aprofundamento serão oferecidas principalmente nas chamadas disciplinas optativas livres, que o próprio aluno escolhe. “O novo programa curricular mostra o caminho para que o estudante busque o conhecimento. Não queremos bombardeá-lo com informações, mas mostrar os problemas e as fontes de aprendizado alternativas”,  conclui o ex-diretor.

 

A prefeitura do campus da FOB

 

A Faculdade de Odontologia de Bauru tem um prefeito em tempo integral. O prefeito, juntamente com sua equipe administrativa, trabalha para oferecer e manter toda a infraestrutura necessária ao bom andamento das atividades acadêmicas. O trabalho do “prefeito”, requer uma ampla visão do funcionamento da faculdade, sendo responsável pela segurança, manutenção das instalações e áreas verdes, logística, organização de eventos, viabilização técnica de pesquisas, gestão de recursos, além da administração de serviços como o restaurante universitário, moradia estudantil, bolsas de permanência, berçário, bancos e complexo esportivo. Outra vertente coordena ações de extensão e conscientização sobre saúde, segurança e sustentabilidade.

 

Como uma mini cidade, a prefeitura dá suporte para que diretoria cuida do ensino, pesquisa e extensão.

Como órgão administrativo garante o bom funcionamento do campus

 

Ainda no prédio da Silvério São João, que acomodou a faculdade antes da finalização das instalações oficiais, já havia um planejamento para que a biblioteca ocupasse uma área especial dentro do futuro campus. Atualmente, o acervo está localizado na FOB e no Centrinho e possui mais de 200 mil títulos, reunindo livros, periódicos nacionais e internacionais, dissertações e teses, material audiovisual, entre outros tipos.

Conforme publicação do Jornal da Cidade, em matéria assinada por Silvia Ferreira,  “São disponibilizadas as principais obras na área da odontologia, fonoaudiologia, malformações congênitas craniofaciais e ciências básicas e saúde. A biblioteca da FOB é considerada “biblioteca-base”, ou seja, fornece acervo para outras instituições. O acervo digital atende demanda de outras faculdades do País e Exterior.

 

O filho mais novo da FOB

 

 

 

Sem dúvida o Centrinho é o filho mais novo da Faculdade de Odontologia de Bauru, criado para ser um hospital universitário, nascido no mundo para oferecer tratamento reabilitador completo e se destaca por pioneirismo e atendimento humanizado.

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Hoje, o filho mais ilustre da FOB, o Centrinho, é o hospital pioneiro no atendimento a pessoas com fissuras labiopalatinas (fenda no lábio ou no céu da boca), deficiência auditiva e deformidades do crânio e da face.

 

No início foi um centro de pesquisa com apenas 20 pacientes inscritos para tratamento que funcionava em uma pequena sala dentro da FOBUSP.

 

Em 24 de junho de 1967, data de sua fundação, a instituição cresceu em estrutura e se tornou o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), atendendo mais de 80 mil pessoas de todo o País. Do total de matriculados (muitos deles ainda em tratamento), 5,3% são da região norte, 4,9% do nordeste, 11,3% do centro-oeste, 14,8% do sul e 63,3% do sudeste.

 

O Centrinho é uma instituição pública mantida com recursos da USP e do Sistema Único de Saúde (SUS), e realiza em média 650 cirurgias por mês na área de anomalias craniofaciais.

 

O tão sonhado prédio que poderia abrigar todas as atividades e departamentos do Centrinho

 

O prédio do Centrinho, hoje Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais Universidade de São Paulo, na verdade  pode ser ele ocupado pela tão sonhada faculdade de medicina com elo à Universidade de São Paulo, que já procedeu doação para o governo estadual.

 

São 11 pavimentos, também conhecido como ‘predião’, com mais de 22 mil metros quadrados, ao lado do Parque Vitória Régia, onde, conforme se insinua, poderá funcionar o sétimo hospital público de Bauru.

 

Conforme notícia foi dada pelo deputado Pedro Tobias (PSDB), que há tempos discute com a USP e o governo o uso daquele hospital, a destinação (tipo de uso) da unidade, ainda não foi definida pelo órgão.

 

No entanto, a pasta, de acordo com sua assessoria de imprensa, já trabalha no desenho dos tipos de atendimentos que serão prestados no local e na definição do formato de gestão da unidade, que poderá ser, por exemplo, terceirizada a uma Organização Social de Saúde (OSS), como ocorre com o Hospital de Base, Hospital Estadual, Maternidade Santa Isabel e Manoel de Abreu.

 

Há a possibilidade de que a unidade se torne referência em tratamentos para traumas e doenças de pescoço e cabeça. O prédio, conforme projeto, foi amplamente adaptado para atendimento crianças, fator que pode ser considerado para futuras definições.

 

Nos 50 anos da Faculdade de Odontologia de Bauru, o Jornal da Cidade levou aos assinantes, uma ampla reportagem, assinada por Silvia Ferreira, que pode ser conferida clicando aqui.