As exportações do Ceará, de janeiro e maio deste ano, tiveram incremento de 36%, enquanto que, no período, as importações caíram 31%, anunciou, nesta quarta-feira, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Régis Dias.
No primeiro quadrimestre de 2003, o Estado exportou US$ 281,858 milhões, mantendo as projeções da Secretaria de que este ano as exportações terão um incremento de 25% a 30%. Em 2002, de janeiro a maio, o Ceará exportou US$ 207,041 milhões.
Régis Dias apresentou os números no lançamento do Progex, programa de Apoio Tecnológico à Exportação, no Sebrae-Ceará, que participa da iniciativa em parceria com a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (Nutec).
O Progex, que começou a operar no Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) de SP, já recebeu financiamento de R$ 6,5 milhões da Finep para 12 instituições que atuam em rede em 11 Estados.
Dias atribui o crescimento na exportação à participação das empresas, Universidades, Sebrae, Comissão de Comércio Exterior da Federação das Indústrias (Fiec), Banco do Nordeste e rodadas de negócios no Sebrae.
Mas considerou a ciência e tecnologia 'um elo faltante' e disse esperar que venha a ser muito bem articulado pelo Progex.
Em SP, de acordo com Mari Tomita Katayama, diretora adjunta do programa, o Progex contribuiu em 2002 para aumentar em dez vezes o valor das exportações das micro, pequenas e médias empresas assistidas pelo programa, iniciado em 99.
São dois núcleos em SP, IPT e Itao, e presença nos institutos tecnológicos do Ceará, Bahia, Pará, Am, MG, PE, RS, SC e RJ. Segundo ela, a rede troca informações e conhecimentos.
O secretário de C&T do Ceará, Hélio Barros, informou que em breve será assinado acordo de cooperação científica entre o Ceará e SP, já discutido pelos governadores Lúcio Alcântara e Geraldo Alkmin.
Para ele, o acordo aproximará ainda mais o IPT do Ceará, com a perspectiva de financiamento conjunto de pesquisas pela Fapesp e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
O presidente do Nutec, Krishnamurti de Morais Carvalho, informou que serão atendidas 30 empresas no primeiro ano e 50 no segundo ano pelo Progex, com orçamento de R$ 1,13 milhão da Finep.
'C&T não é assunto só de cientista, mas de empresários e agora faz parte da decisão maior da sociedade sobre onde investir o seu esforço', disse Hélio Barros.
Sérgio Alcântara, superintendente do Sebrae, afirma que o Progex produziu uma simbiose com outro programa de apoio à exportação do Sebrae, o Programa Setorial Integrado, financiado pelo Apex.
Segundo ele, dos três setores, calçados, confecções e software, o de software é o que está mais avançado, e até o final deste ano deverá atingir a meta de exportação.
O coordenador nacional do Progex, Vicente Mazarelli, disse que os seis engenheiros consultores do programa no Ceará, do Nutec e Sebrae, exercerão junto às empresas atividade de característica eminentemente tecnológica.
Entre os gargalos dos produtos nacionais para exportação, nos quais o Progex atua, ele citou o design, embalagem e logística.
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Diário do Nordeste