Ayeska Hubner, graduada em agronomia pela Fundação de Ensino Superior de Passos, vai, em Agosto próximo, para o Centro de Pesquisa Australiano CSIRO Forest Research - referência internacional em pesquisa - onde vai aprofundar seus estudos sobre manejo de resíduos de florestas e fertilização em espécies florestais de interesse econômico, no caso, o eucalipto.
A agrônoma-doutoranda disse que esteve ligada aos trabalhos de pesquisa desde seu primeiro período no curso da FESP, onde foi bolsista de iniciação científica, desenvolvendo estudos na área de solos. Segundo Ayeska, professores como Eduardo Collares, Wellington Willian Rocha, Rita de Cássia Ribeiro Carvalho e outros, apresentaram a ela o mundo científico onde pôde viver experiências que a ajudam em sua carreira. “Acredito que um curso vai além da sala de aula e provas. É preciso vivenciar as situações que teremos que lidar na vida profissional quando não estivermos mais na faculdade, e posso dizer que a FESP me proporcionou isso”, declarou a ex-aluna.
Ayeska fez mestrado em Ciência do Solo na Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde concentrou sua pesquisa na área de física e conservação de solos em florestas. Atualmente a pesquisadora está na metade do seu doutorado em Recursos Florestais na ESALQ/USP, desenvolvendo trabalho em química de solos florestais e nutrição de eucalipto.
Os experimentos já realizados por Ayeska em sua tese na ESALQ/USP fazem parte de uma rede mundial que estuda o manejo de resíduos florestais e fertilização em espécies de florestas de interesse econômico, abrangendo outros iguais experimentos em mais 16 países, sendo duas destas, pesquisas australianas. Desta forma, com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – que já financia seu doutorado – a ex-aluna da FESP irá compartilhar e comparar resultados dos estudos feitos por outros dois pesquisadores da Tasmânia, integrando o experimento brasileiro com os da Austrália. Lá, Ayeska irá conhecer um modelo matemático chamado CABALA (Carbon Balance) que avalia diversos parâmetros – estoque de carbono no solo, mineralização de nitrogênio, balanço hídrico, dentre outros – que podem influenciar no crescimento e produtividade de florestas de eucalipto.
No esforço de ressaltar a importância do intercâmbio de conhecimento e da cooperação científico-tecnológica para o desenvolvimento das ciências, a professora Rita de Cássia Carvalho pontuou que a “bolsa sanduíche” promove a consolidação e internacionalização da ciência e pesquisa conduzidas no Brasil, tão boas em qualidade quanto as internacionais. De acordo com a docente da FESP “os pesquisadores brasileiros são capazes de inovar e competir em diversas áreas, ainda mais no caso da Ayeska, abordando as ciências agrárias, nosso forte gargalo. E para FESP isso é importante, pois demonstra a competência e seriedade da Instituição na formação dos seus alunos. O sucesso demonstrado pelos egressos só vem provar que aqui se faz profissional sério e competente”, defende Rita de Cássia que está se preparando para apresentar dois trabalhos em Sidney, na Austrália, também resultado de pesquisa de iniciação científica com três co-autores agrônomos recém-formados.
Ainda de acordo com a professora, a FESP tem demonstrado a cada dia um incentivo maior na pesquisa através do corpo docente, que está cada vez mais preparado para orientar e dessa forma mais alunos terão oportunidade de alcançar sucesso, assim como Ayeska.
Por FESP
FONTE: Departamento de Comunicação e Marketing FESP/UEMG