O aumento da competitividade das empresas - principalmente as pequenas e médias - pode ser alicerçado nas linhas de pesquisa acadêmica de teor tecnológico, desenvolvidas por universidades, a partir do estreitamento de relações entre as empresas e instituições de ensino superior e de pós-graduação, e agências governamentais de fomento à pesquisa.
A afirmação é do vice-reitor da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp). Paulo César Razuk, feita ontem de manhã na abertura do workshop "Parcerias para Financiamento para o Desenvolvimento das Indústrias de Sorocaba e Região", realizado no câmpus local da Unesp.
O evento foi promovido pela Unesp, Ciesp, Sebrae, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, universidades e faculdades locais, como continuidade dos trabalhos para a implantação do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR) e com a finalidade de apresentar linhas de financiamento para as pequenas e médias empresas que pretendem desenvolver tecnologia ou produtos.
EDUCAÇÃO & TRABALHO
Para valorizar os papéis de cada instituição - empresa e universidade -, e preciso que as empresas conheçam as universidades e estas também se inteirem sobre como trabalham as empresas e quais suas necessidades em relação ao desenvolvimento tecnológico. "Toda educação desenvolvida nas universidades serve à causa do trabalho. É necessário que educação e trabalho sejam termos de uma mesma equação, a do desenvolvimento", salienta Razuk.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Christiano Leite da Silva, apresentou uma retrospectiva da industrialização na região de Sorocaba, estatísticas que colocam a região em situação de inferioridade no panorama econômico do Estado e defende o desenvolvimento estratégico, seletivo e sustentado, na cidade, e com irradiações para a região.
Nessa linha de planejamento e ação, o diretor regional do Ciesp, Daniel de Jesus Leite, reforça que o Comitê de Capacitação Tecnológica, do Ciesp, age na interface dos possíveis conflitos entre empresas e universidades, para estreitar as relações entre elas. Exemplos de parcerias empresas/universidades bem sucedidas foram ciladas pelo professor Lauro Carvalho de Oliveira, da Faculdade de Tecnologia de Sorocaba (Fatec), que iniba lha há alguns anos com empresas como a Luk, lua, ZF, Seco Tools, Dana e Starret.
Para o custeio das pesquisas desenvolvidas pelas universidades em benefício das empresas, a assessora técnica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do São Paulo (Fapesp), Regina Gusmão, apresentou os programas Parceria para Inovarão Tecnológica (Pite) e Parceria para Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe), aberto a todos os setores e com financiamento a fundo perdido. O analista de projetos da Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), João Florêncio, informa que a agencia concede financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis, para todas as etapas do desenvolvimento científico e tecnológico, com taxas de juros de longo prazo e mais spread de 2% a 6% ao ano, amortizados em até 84 meses.
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