A Pró-Reitoria de Pesquisa (Prope) realizou o Fórum de Discussão do Programa Primeiros Projetos. O evento contou com cerca de 140 professores contratados entre os anos de 2009, 2010 e 2011.
Os docentes apresentaram os resultados de pesquisas desenvolvidas com apoio do programa, e debateram pontos fortes e fracos desse. Docentes e a equipe técnica da Prope reuniram-se em Águas de São Pedro, nos dias 6 e 7 de agosto.
“Além de verificarmos a qualidade dos trabalhos feitos, esse encontro permite também que identifiquemos as principais dificuldades que eles enfrentam nas suas unidades”, salienta a pró-reitora de Pesquisa, Maria José Soares Mendes Giannini. “E com esse feedback, teremos uma atuação para auxiliá-los em alguns problemas apontados, como a compra de equipamentos.”
Com o objetivo de apontar caminhos para o financiamento das pesquisas, o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, ministrou a palestra de abertura do Fórum.
Em sua fala, Brito Cruz destacou a história da fundação e os programas de bolsas e de fomento voltados para pesquisadores.
“A produção científica de São Paulo corresponde a mais de 50% do total do país. No entanto, o fator de impacto ainda é muito baixo dessa produção”, disse. “E o grande desafio para as universidades é aumentar a relevância das pesquisas.”
O programa - O programa Primeiros Projetos é gerenciado pela Pró-reitoria,e visa dar apoio aos professores recém-contratados pela Unesp para iniciarem suas pesquisas.
Segundo a pró-reitora, a intenção é dar um apoio inicial para que eles possam, posteriormente, concorrer em editais dos órgão de fomento.
Nas edições de 2009 e 2010, os docentes selecionados em editais da Prope, receberam R$ 10 mil para a compra de equipamentos e também uma bolsa de Iniciação Científica (IC) para orientação de um aluno de graduação. Nos dois últimos anos, 2011 e 2012, os selecionados não receberam a bolsa de IC.
A arquiteta Juliana Cortez Barbosa, professora do câmpus de Itapeva, desenvolveu uma pesquisa com reforços de bambu para a fabricação de móveis e para a indústria civil. Com apoio do programa, ela pode comprar equipamentos para a fabricação dos protótipos.
“Foi o ponta-pé inicial perfeito para alavancar a progressão na carreira. Com um ano e meio de estudos, fizemos um pedido de patente”, conta.
Para a odontologa Juliana Campos Junqueira, professora da Faculdade de Odontologia, câmpus de São José dos Campos, o programa abriu as portas para parcerias e colaborações internacionais.
Selecionada no edital de 2009, Juliana estudou o tratamento da candidiase bucal em pessoas portadoras do vírus HIV, e os resultados a fizeram desenvolver novas pesquisas com apoio da Fapesp, e em colaboração com uma universidade européia.
O “Primeiros Projetos”, na visão de Maria José, integra com outros dois programas da Prope o desenvolvimento do pesquisador. As bolsas de Iniciação Científica são o primeiro passo do estudante na metodologia científica.
O Renove é voltado a apoiar o docente que, em algum momento, deixou de produzir, e não pode mais procurar um órgão de fomento. “São três elos importantes para alavancar todas as outras atividades. Sem trabalhar as pessoas, não podemos pensar nos grandes desafios das universidades, como a Internacionalização”, concluiu.
Premiados - No fórum, os participantes apresentaram seus projetos em forma de painéis, e foram avaliados por professores da Universidade. Divididos em seis áreas de conhecimento, os melhores projetos foram premiados com R$ 5 mil reais cada um, e os qualificados em 2º lugar receberão R$ 3 mil de prêmio.
Na área de Agrárias, o primeiro lugar ficou com Marcelo Fábio Gouveia, da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), câmpus de Assis; e em segundo, Ana Carolina Conti e Silva, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), câmpus de São José do Rio Preto.
Nas Biológicas, os premiados foram Jean Leandro dos Santos, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), câmpus de Araraquara, e Luciane Dias de Oliveira, da Faculdade de Odontologia (FO), câmpus de São José dos Campos.
Nas Engenharias, o primeiro prêmio foi dado a Leandro Alves Neves, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), câmpus de Rio Claro; e em segundo, Adriana Cristina Cherri Nicola, da Faculdade de Ciências (FC), câmpus de Bauru. Já na área de Exatas, os premiados foram Leandro Cardoso de Morais, câmpus de Sorocaba, e Luiz Carlos da Silva Filho, da FC.
Na área de Humanidades, o primeiro lugar ficou com Heloisa Pait, da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), câmpus de Marília; em segundo, destacou-se o projeto de Danilo Rothberg, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), campus de Bauru. Em Saúde, os professores contempaldos foram Fátima Pereira de Souza, do Ibilce, e Luciana Pinato, da FFC.
"As pesquisas apresentadas, sejam premiadas ou não, mostraram um alto grau de inovação", destacou o professor Silvano Bianco, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, câmpus de Jaboticabal. Ele foi avaliador na área de Agrárias.
Daniel Patire