Os Internautas (navegadores da Internet) da Europa têm criticado a natureza lenta e paquidérmica das comunicações da rede mundial, e questionam a sua eficácia. "A Internet está se saindo mal diante dos consumidores. A defasagem entre o que está disponível e a valorização do sistema pela imprensa é assombrosa", disse Miles Thistlethwaite, vice-presidente sênior da consultoria de tecnologia da informação Inteco. Thistlethwaite diz que a utilização da Internet na Europa ocorre esmagadora-mente em escritórios para fazerem chamadas gratuitas. E afora o correio eletrônico, o conteúdo não é encarado como atraente.
"Na Europa, é um fato que a qualidade é baixa, e o conteúdo americano é alto. A menos que a qualidade melhore você começará a perder pessoas. A própria rede não pode oferecer serviço de vídeo. É melhor se desligar das apresentações de alta qualidade e se concentrar no correio eletrônico", diz Thistlethwaite.
Os europeus que sentem que a Internet é uma rede opaca supervalorizada e de utilização limitada vai desejar o sucesso da Microsoft Corp, no seu plano de melhorar a capacidade de serviço da rede mundial de computadores. A companhia de Bill Gates vai colaborar com a sua concorrente Oracle Corp, no desenvolvimento e divulgação na Internet além do licenciamento da linguagem de programação Java, da Sun Microsystems Inc. A empresa também vai fornecer tecnologia para a Compuserve Inc. pertencente à H&R block Inc., que presta serviços on-line.
Os americanos, com cerca de um terço de lares com computadores, podem utilizar o correio eletrônico a um preço muito baixo. Na Europa, onde a presença do microcomputador nos lares varia de cerca de 18%, na Alemanha, a 24%, na Grã-Bretanha, há menos entusiasmo em relação à Internet, até porque as chamadas telefônicas são muito mais caras.
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Gazeta Mercantil