São Paulo – Um avião da Etihad Airways fez um voo de 45 minutos no domingo abastecido com uma proporção de 90% de querosene de aviação convencional e 10% de biocombustível feito a partir da biomassa da fermentação de algas secas. O teste foi feito em um voo entre as cidades de Abu Dhabi e Al Ain em um Boeing 777.
De acordo com informações divulgadas pela Boeing, o projeto “Abu Dhabi Biojet”, do qual este teste é parte, irá desenvolver biocombustível para ser produzido e refinado em Abu Dhabi. Segundo o jornal Gulf News, a proposta dos parceiros é que Abu Dhabi seja um fornecedor do produto a partir de 2019. Segundo a Boeing, o biocombustível emite pelo menos 50% menos dióxido de carbono na atmosfera do que os combustíveis fósseis.
O CEO da Etihad, James Hogan, afirmou que a meta da empresa é “apoiar” e ajudar a “impulsionar” a comercialização do combustível em Abu Dhabi, na região do Golfo e globalmente. “Tivemos primeiros passos importantes neste processo, e nosso foco contínuo será em desenvolver mais iniciativas como esta, que ampliem a disponibilidade de biocombustíveis sustentáveis para a aviação para a Etihad nos próximos anos”, afirmou.
De acordo com informações divulgadas pela Boeing, o teste foi realizado em parceria entre Etihad, Boeing, Masdar Institute, que desenvolve projetos sustentáveis em Abu Dhabi, a petroleira francesa Total, que forneceu a biomassa, e a Takreer, que pertence à petroleira estatal de Abu Dhabi, Adnoc, e refinou o combustível.
Outros projetos
Este não é o único projeto de desenvolvimento de biocombustível em andamento em Abu Dhabi. Segundo informações da Boeing, a fabricante norte-americana de aviões, a Etihad e o Masdar Institute trabalham em outra pesquisa para desenvolver algas resistentes ao sal, que poderiam ser utilizadas como matéria-prima na produção de biocombustível.
A Boeing tem um projeto de produção de biocombustível no Brasil, em parceria com a Embraer a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Outras pesquisas estão em andamento nos Estados Unidos, China, Oriente Médio, Europa e Austrália.
Da Redação