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Etanol de segunda geração pode reduzir dependência de gasolina (1 notícias)

Publicado em 30 de setembro de 2017

A RMVale consumiu 1,2 bilhão de toe (tonelada de óleo equivalente) em combustíveis derivados de petróleo, 48% de todo consumo energético em 2016, e apenas 182,5 milhões de toe (6,98%) em etanol.

Os números poderão se inverter com o etanol de segunda geração (E2G), o etanol celulósico, obtido da palha e do bagaço da cana-de-açúcar.

Pesquisadores acreditam que o combustível será economicamente viável a partir de 2025. Para tanto, o país precisará superar barreiras agrícolas, industriais e tecnológicas.

O E2G será tema de uma conferência em Campos do Jordão, entre 17 e 19 de outubro, promovida pelo Bioen (Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia). A "Brazilian BioEnergy Science and Technology Conference" reunirá especialistas do país e estrangeiros.

Na avaliação do pesquisador Antonio Bonomi, coordenador da divisão de inteligência de processos do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, órgão do Centro Nacional de Pesquisa em Engenharia e Materiais, o custo estimado de produção do etanol de segunda geração tende a cair ao longo dos anos.

Em julho de 2014, o custo de produção do E2G era estimado em R$ 1,50 por litro, 30% acima do custo do etanol de primeira geração, de R$ 1,15.

A tendência é que o custo do E2G caia até 2025, podendo chegar a R$ 0,75 por litro e baixe ainda mais até 2030, para R$ 0,52.

Neste valor, como explicou Bonomi à agência Fapesp, o E2G seria competitivo mesmo se o preço internacional do barril de petróleo atingisse o mínimo de US$ 44 por litro --hoje é US$ 50.

O Brasil tem duas usinas de E2G --Alagoas e Piracicaba-- com capacidade de 100 milhões de litros por ano, mas que ainda estão produzindo menos da metade disso..

Xandu Alves@xandualves10
Campos do Jordão