A maior parte do território do Vale do Paraíba foi incluída como alvo prioritário de estratégias de conservação em estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
A meta foi identificar locais prioritários para ações de preservação avaliando-se o passado, em especial as condições climáticas das regiões analisadas.
"As regiões que menos sofreram com mudanças climáticas nos últimos 21 mil anos são aquelas onde ocorreram menos extinções locais", afirmou o biólogo Thadeu Sobral-Souza, um dos autores.
Segundo ele, quanto maior a diversidade genética de uma população, maiores são as chances de sobrevivência às mudanças ambientais.
O trabalho busca criar metodologia para identificar, na Amazônia e na Mata Atlântica, regiões climaticamente estáveis e alvos prioritários de estratégias de conservação.
A pesquisa tem apoio da Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo) e foi publicada na revista científica 'Acta Oecologica'.
O Vale do Paraíba é uma das regiões incluídas no mapa que deveriam ter prioridade para a conservação, em razão das áreas remanescentes de Mata Atlântica, como nas serras do Mar e da Mantiqueira, no Vale Histórico e no Litoral Norte.
O estudo mostra que a área potencial da Mata Atlântica cobria 3,85 milhões km², reduzida hoje para menos de 770 mil km².