Um estudo publicado na revista Nature Medicine, feito por estudiosos da Universidade de São Paulo e com apoio da FAPESP, realizado na Universidade de Trento- na Itália, trouxe informações sobre o câncer colorretal. O conjunto de microrganismos que temos no intestino, chamado de microbioma, pode ser usado para antever um câncer colorretal.
A pesquisa encontrou algumas amostras no microbioma intestinal que não dependem da alimentação das pessoas estudadas. Foram detectadas algumas alterações e a ocorrência do câncer colorretal. Os pesquisadores combinaram análise de meta genômica, bioinformática e aprendizagem de máquina para relacionar com o câncer. Participaram da pesquisa 969 pessoas de diferentes países. A partir dessa pesquisa surgiram outras descobertas importantes para a área.
Uma das descobertas foram que há uma maior quantidade de bactérias no intestino de pessoas que estão com o câncer colorretal. Também foi descoberto uma maior associação entre a doença e a presença de uma enzima que destrói a colina, nutriente que faz parte do complexo B de vitaminas.
Os pesquisadores acreditavam que o ambiente ácido do estômago matasse os microrganismos, mas na verdade os pacientes com câncer colorretal possuem uma maior quantidade de espécies orais que se deslocam para o intestino.
Os estudiosos ainda não descobriram o porquê delas se transportarem para o local. A pergunta que fica nesse estudo é se são as bactérias que estão causando o câncer ou a doença que cria um ambiente diferente e favorece o aparecimento de certas bactérias? Os pesquisadores ainda não encontraram a resposta, mas ela será importante para futuramente ajudar em novos tratamentos para o câncer colorretal.