Estudos feitos com ratos recém-nascidos que foram submetidos a situação de estresse (tirados da mãe por cinco horas por dia) mostram que os animais são mais suscetíveis aos efeitos da cocaína e, consequentemente, a desenvolver a dependência química enquanto adolescentes. "O estudo comprova que o estresse provoca alterações no sistema nervoso central que persiste por um longo período", declarou a professora.
Segundo Cleópatra, os resultados desta primeira fase da pesquisa são, perfeitamente, aplicáveis em seres humanos. Cleópatra afirmou que há relatos clínicos que apontam que crianças submetidas a situações estressantes (como violência doméstica de diversos tipos) apresentam maior risco de tornarem-se dependentes na adolescência. "É claro que somente o estresse não determina que uma pessoa vá ou não ser dependente químico. É um fator de risco. Mas há outros elementos do ambiente que podem contribuir para o quadro." (Tatiana Andrade)
A maneira como a droga é administrada é outro fator que pode determinar a dependência química. Quem usa droga injetável, por exemplo, corre mais risco de se tomar dependente porque a associação dos efeitos da droga pelo cérebro é imediata ao uso da substância.
"Quem experimenta a cocaína pela via injetável e pulmonar tem mais chances de se tomar dependente do que quem experimenta pela via nasal, por causa do tempo de absorção."
- o crack é absorvido rapidamente pelo pulmão; a absorção é quase tão rápida quanto por via injetável.
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