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Estudo revela impacto das mudanças climáticas na energia solar e no sistema elétrico brasileiro (6 notícias)

Publicado em 24 de novembro de 2024

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De acordo com um estudo publicado na revista Nature Scientific Reports, a disponibilidade de energia solar aumentará entre 2% e 8% na maioria das regiões nacionais nas próximas décadas. Arquivo Energia Solar/Ivaira Vieira Jr./G1 Pesquisadores do Instituto do Mar (IMR) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) apresentam uma análise inédita sobre o impacto das mudanças climáticas na produção de energia solar no Brasil.

O estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, projeta que, nas próximas décadas, a disponibilidade de energia solar aumentará entre 2% e 8% na maioria das regiões nacionais. Clique aqui para acompanhar o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O estudo, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), utilizou um banco de dados abrangente que inclui dados de satélite, dados meteorológicos de estações, modelos de reanálise e previsões de modelos climáticos para analisar dois cenários futuros. O professor da AIM, Fernando Ramos Martínez explicou que o primeiro cenário considera um cenário onde os factores socioeconómicos seguem tendências históricas, com progresso lento em direcção à sustentabilidade socioecológica, levando a um aumento da temperatura de até 2,7C até ao final do século.

Outro cenário é aquele em que a economia global experimenta um crescimento acelerado com pouca preocupação com os problemas ambientais, levando a um aumento da temperatura de até 4,4C até ao final do século. Estas técnicas reduzem a incerteza nos futuros processos de modelação climática. Resultados O estudo de liberação de energia solar projeta que as tendências da energia solar na maioria das regiões brasileiras aumentarão cerca de 2% até o final da próxima década, em ambos os cenários analisados.

No entanto, o Rio Grande do Sul deverá diminuir cerca de 3% devido às emissões de gases de efeito estufa. As regiões Centro-Oeste e Sudeste, com destaque para Minas Gerais, terão o maior aumento na disponibilidade de energia solar, com aumentos de até 5% durante os meses de primavera. O estudo também indica um aumento nas tendências de energia solar durante os meses secos. Os resultados obtidos são consistentes com estudos anteriores, que identificaram, por exemplo, um aumento nas chuvas no sul do Brasil, o que poderia afetar a concentração de energia solar na região.

Segundo o professor Fernando Ramos Martins, aumentar a disponibilidade de energia solar pode ser fundamental para a transição energética do país, ajudando a reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e a aumentar a resiliência do sistema eléctrico. Impacto Fernando afirma que a energia solar afeta diversos setores, como: produção de alimentos, saúde e qualidade ambiental. “Os impactos climáticos serão positivos do ponto de vista geracional, mas há um outro lado, que é um impacto negativo.” Além disso, os reservatórios de baixo volume de água afetam o abastecimento hidráulico e a geração de energia, necessários para mitigar os efeitos mencionados acima. “Se não climatizarmos o ambiente, as altas temperaturas estão associadas ao aumento de doenças respiratórias e cardíacas (…).

Tem esse efeito negativo”, disse. Segundo o professor, o Brasil tem vivido secas prolongadas associadas a ondas de calor que afetam a saúde da população, o conforto térmico e a produção de alimentos – como a agricultura e a pecuária. Segundo o professor, o Brasil enfrenta eventos crônicos de seca e ondas de calor que têm impacto significativo na saúde da população, no conforto térmico e na produção de alimentos, afetando tanto a agricultura quanto a pecuária.

“Como falamos em energia solar, também teremos temperaturas mais altas. Portanto, consumiremos mais energia devido à climatização do ambiente. Isso significará que teremos que gastar energia para reduzir os efeitos na nossa saúde”, ele acrescentou. O sistema elétrico brasileiro baseado em usinas hidrelétricas é um aspecto positivo para atender a demanda energética. Contudo, os aumentos contínuos dos custos de energia e as secas trazem incerteza quanto à capacidade de fazer face aos custos apenas com a energia hidroeléctrica.

“Temos que ter cuidado com o sistema. Temos que aprender a usar a energia de forma mais eficiente. Não conseguiremos aumentar a energia. Velocidade desenfreada” , ele disse. Por isso, Fernando disse que a importância da diversificação das fontes renováveis na matriz energética do país é fundamental para evitar o aumento da produção de calor com base em combustíveis fósseis.

As descobertas podem apoiar a formulação de políticas públicas. A pesquisa faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT) e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O estudo também contou com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Céu em dia de sol Arquivo/Leandro Ferreira/g1 Vídeo: Santos no g1 1 min