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Agência C&T (MCTI)

Estudo recomenda OS para gerir Parque (1 notícias)

Publicado em 10 de janeiro de 2008

Consultoria contratada pela Fapesp sugere Organização Social no controle do pólo tecnológico de São José


O modelo de gestão do Parque Tecnológico de São José dos Campos por meio de uma OS (Organização Social) foi recomendado pela Macrotempo Consultoria Econômica, empresa de São Paulo contratada pelo governo do Estado para elaborar estudos técnicos sobre o perfil, funcionamento e gerencionamento das unidades.

A Macrotempo foi contratada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia por meio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

A empresa recebeu R$ 2 milhões no ano passado para realizar 13 estudos técnicos para os cinco parques já instalados ou em processo de instalação no Estado.

Além de São José, as unidades funcionarão em São Paulo, Campinas, São Carlos e Ribeirão Preto.

A Fapesp também foi a responsável pela contratação de Marco Antônio Raupp para dirigir o núcleo joseense.

O valeparaibano teve acesso ontem ao relatório preliminar da Macrotempo com recomendações de funcionamento e gerenciamento para o Parque Tecnológico de São José. O documento, que tem 80 páginas, é de março do ano passado.

Quatro meses depois foi criada a Associação Parque Tecnológico de São José, que tem Raupp como diretor geral provisório e foi qualificada como OS em 21 de dezembro último por decreto assinado pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB).

A associação pretende participar da Chamada Pública aberta pelo governo tucano para terceirização do parque. As entidades interessadas em disputar o certame tem prazo até o próximo dia 25 para encaminhar à prefeitura suas propostas.

PERFIL - No relatório assinado pela Macrotempo, que recebeu o nome de 'Perfil do Parque Tecnológico de São José dos Campos', é sugerida a criação de um Núcleo do Parque para gerenciar a unidade.

"Ao Núcleo caberá a tarefa de administrar o Parque exercendo a função de

indutor, articulador, regulador e fiscalizador das atividades nele implantadas. Ele deverá ter personalidade jurídica própria", afirma a Macrotempo no documento.

"Julga-se imprescindível que a entidade a ser criada tenha flexibilidade administrativa necessária, não podendo, portanto, ser um órgão de administração direta ou indireta. Aliás, para ter flexibilidade, não pode

ser uma entidade ligada ao Governo", diz outro trecho do relatório.

Articulação - O estudo técnico recomenda que a administração seja realizada por uma OS para facilitar o trabalho a ser desenvolvido no parque.

"Recomenda-se que seja uma Organização Social (OS), que deverá trabalhar com o setor público por meio de contratos de gestão. Um dos principais papéis dessa OS será o de dar atenção especial à articulação dos diversos atores das áreas educacional, científica, tecnológica e outras relacionadas com o setor aeroespacial e de defesa", afirma outro trecho do relatório.

"A entidade a ser criada deverá, ainda, se preocupar com a atividade de Inteligência Competitiva. Esta atividade envolveria o acompanhamento do que os concorrentes no mundo estão fazendo e, como decorrência disso, a transferência das informações pertinentes às empresas do cluster", complementa o documento assinado pela empresa da capital.

Modelo - O assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São José e membro da comissão criada por Cury para conduzir o processo de terceirização, Luiz Paulo Costa, afirmou anteontem não ter informações sobre o trabalho desenvolvido pela Macrotempo já que a empresa foi contratada pelo governo do Estado.

Na ocasião, ele garantiu que o modelo de gestão por meio de OS foi decidido pela prefeitura.