Um estudo preliminar realizado pelo Instituto Butantan sugere que a vacina Coronavac pode neutralizar as variantes P.1. e P.2. do Sars-CoV-2. Além do relaxamento das medidas de distanciamento social nas festas de fim de ano e carnaval e o ritmo lento da vacinação, a variante brasileira (P.1.), potencialmente mais transmissível, tem sido apontada por epidemiologistas como uma das causas da alta recente de casos e mortes por covid-19.
“A questão das variantes preocupa a todos nós. Precisamos de muita atenção e avaliar se as vacinas produzem anticorpos contra elas. Já sabíamos que a Coronavac tinha eficácia comprovada contra as variantes do Reino Unido (B.1.1.7) e da África do Sul (B.1.351) e agora sabemos que a vacina é eficiente também contra as variantes P.1. e P.2.”, disse Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan em coletiva de imprensa dia 10 de março.
A vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Os estudos clínicos com o imunizante têm apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).