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O Regional (Catanduva, SP) online

Estudo Monitorará Impacto Da Pandemia Na Saúde Mental De Quatro Mil Pessoas (24 notícias)

Publicado em 09 de julho de 2020

Por max

Pesquisadores monitorarão o impacto do distanciamento social e da pandemia causado pelo novo coronavírus na saúde mental de quatro mil pessoas do estado de São Paulo. O objetivo do estudo é avaliar os efeitos da maior carga de estresse – seja por mudanças de hábito, luto, incertezas econômicas ou risco de contágio – tanto na população saudável quanto em pessoas com transtornos como depressão e ansiedade. O acompanhamento da saúde mental durante a pandemia integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, que monitora a saúde de 15 mil funcionários públicos de seis universidade e centros de pesquisa do país desde 2008.

O monitoramento da saúde mental durante a pandemia será realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), apenas com os participantes do ELSA no território paulista – todos eram servidores ou aposentados da USP quando a pesquisa começou e têm idade entre 35 e 74 anos. A coleta de informações será realizada até dezembro de 2020 e a previsão é de que a análise do estudo completo dure dois anos.

Questões relacionadas à saúde mental na pandemia têm sido investigadas desde o surgimento da COVID-19 na cidade chinesa de Wuhan. Porém, de acordo com Brunoni, um dos diferenciais da pesquisa do ELSA, em relação à maioria dos estudos que estão surgindo, está no fato de as pessoas pesquisadas serem monitoradas já há vários anos.

O estudo do ELSA direcionado à saúde mental será dividido em duas partes. A primeira consiste na pesquisa por meio de questionários online e por telefone sobre o impacto da pandemia e da quarentena na saúde mental das pessoas.

Em quatro avaliações virtuais durante a pandemia, os pesquisadores pretendem avaliar, por meio de questionários, sintomas depressivos e ansiosos, ideação suicida, aumento de estresse, fatores de proteção e fatores de risco dessa população durante a pandemia de COVID-19.

Já a segunda fase será dedicada para a avaliação da eficiência de terapia a distância. Os pesquisados que apresentarem necessidade de atendimento psiquiátrico ou psicológico serão encaminhados para teleatendimentos com uma equipe de psicólogos e psiquiatras. Desde o início da quarentena, em março de 2020, os teleatendimentos passaram a ser autorizados pelo Conselho Federal de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Psicologia.