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Estudo inovador da USP analisa repercussões de CO2 atmosférico elevado na saúde (15 notícias)

Publicado em 15 de setembro de 2024

Níveis elevados de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera podem alterar não só o clima do planeta como também o funcionamento das células humanas. Isso porque o gás interage com o peróxido de hidrogênio (H2O2), molécula naturalmente presente no corpo, onde desempenha diversas funções, dando origem a um composto oxidante conhecido como peroximonocarbonato.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (IQ-USP), publicado na revista Chemical Research in Toxicology, descreve um novo método para detectar peroximonocarbonato em células. Trata-se da primeira vez que a substância foi detectada em células, o que pode fornecer informações importantes sobre as respostas celulares e disfunções relacionadas ao CO2.

Para detectar o peroximonocarbonato, os pesquisadores utilizaram medidas de fluorescência com sondas de boronato. O estudo foi realizado em macrófagos ativados para gerar peróxido de hidrogênio, revelando a presença de peroximonocarbonato em células sob a influência do CO2. Essa descoberta pode ajudar a compreender melhor os efeitos do CO2 no organismo humano.

O peroximonocarbonato é um possível intermediário dos efeitos danosos de níveis aumentados de dióxido de carbono no organismo humano. Além disso, o CO2 modula a reatividade de importantes metabólitos do oxigênio molecular e está envolvido em processos inflamatórios e em modificações pós-tradução de proteínas.

Embora ainda sejam necessárias mais evidências sobre o papel do peroximonocarbonato como oxidante biológico, essa descoberta representa um avanço significativo na compreensão dos efeitos do CO2 no corpo humano. O estudo pode ser acessado no link fornecido.

Informações da Agência FAPESP