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Lorena

Estudo identifica aumento de câncer de pele e restrições em protetores solares (35 notícias)

Publicado em 21 de agosto de 2023

Em artigo de revisão publicado na revista Chemical Reviews, pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) apresentam uma análise abrangente da ação, na pele humana, dos chamados fotossensibilizadores endógenos. Produzidas pelo próprio organismo quando exposto à luz, essas moléculas transformam a energia luminosa em reatividade química, provocando transformações tanto benéficas quanto prejudiciais.

Conduzido no âmbito do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, o trabalho investigou as conexões entre a excitação eletrônica dos fotossensibilizadores endógenos e a subsequente ativação ou o dano a biomoléculas. Os resultados apontam para as possíveis causas do aumento contínuo dos casos globais de câncer de pele, bem como para as limitações das abordagens atuais de proteção solar.

Assinam o artigo os cientistas Erick L. Bastos, Frank H. Quina e Maurício S. Baptista, todos do IQ-USP. “Conseguimos posicionar a fronteira da fotoquímica que acontece na pele sob exposição solar. Mostramos os fotossensibilizadores e as reações. Falamos de proteínas, lipídios, carboidratos e tudo mais que tenha relevância no tema. É um artigo importante tanto pela abrangência quanto pela profundidade, e o formalismo químico está perfeito. Minha expectativa é que esse trabalho fomente mais pesquisas nessa área”, afirma Baptista, que também é membro do Redoxoma.