Notícia

Roraima em Tempo online

Estudo do Butantan e universidade de Bragança Paulista aponta que molécula modificada de merluza pode combater Alzheimer (172 notícias)

Publicado em 12 de novembro de 2023

Mídia Pública Canal da Utopia Sala da Notícia Transmitindo Bom dia Sorocaba Ilha FM Zona Sul Notícias Boqnews O Metropolitano News Sanca TV Jornalismo Trio Notícias Instituto Butantan Portal Correio do Lago Portal Mulher Amazônica MRZ Notícias Atividade News Portal Cidade Dourados ABC do ABC Jornal D Marília EhTrend! EhTrend! DLNews Acre Revista Destaque online Blog do Takamoto Vision Art News Digitado Rádio Cidadã FM NewsLab online LabNetwork Tribuna do Agreste Tribuna do Sertão Marcos Imprensa OncoExpress Medicamentos Especiais Prontmed Gizmodo Brasil SaúdeMS Olhar Digital Repórter Online Litoral São Bento em Foco Jornal Floripa Jornal APCD ON Jornal Domiplay Brasil Jornal Floripa Acontece Botucatu CNE News DM Sudoeste online Expresso 222 Blog Ananindeua Minha Cidade Comando Notícia Fala Marília Cidade na Rede ABC do ABC Difusora ON Folha do ABC Jornal Amanhecer Gazeta Costa Sul Ipará City (BA) Porto Ferreira Online Paz e Vida Portal Lula Presidente Portal Plural Mais Sampa Tribuna de Suzano Portal Nine Raízes FM 98,7 O Primeiro Portal Mato Grosso do Sul Notícias Paraná Pesquisas No Cariri Tem Jornal O Foco O Melhor da Cidade Lecmer.com TV Cariri Portal Globo Cidade Panorâmica News ABC Agora Rede TVS - Associação de Rede de Televisão Social RedeNotícia Portal Ribeira Viva Pariquera Suzano TV Batmão Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo Brasília Notícias Blog da Cris USF - Universidade São Francisco São Gonçalo Agora Garça em Foco TV Interbam Única News Diário do Litoral (Santos, SP) online Rádio Rota 91,9 FM Conexão Na Cidade Bom Dia Baixada Ceará em Pauta É Destaque Brasília Folha Centro Oeste Grupo Bom dia Iporã 24 horas LA+ online - Complexo Luz e Alegria LN21 MS em Foco Bom Dia Barretos Brasil Soberano e Livre Da Hora Bataguassu HortoNews Jornal do Interior Casa da Maria Mandú Notícias em Rede Portal do Viola News Portal NA - Nécessaire Affaires Rádio Leme FM Zatum Rede 1 Notícias Portal Chapada Grande J1 Notícias Jornal Tabloide online (Cotia, SP) Osvaldo Batista Penha News SINSAÚDE Araçatuba - Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde de Araçatuba TV Caparaó Blog do HP Clic Noroeste Jornal Diário de Rondônia Mustach A Gazeta de Rondônia Digital Rio Verde News Portal WR News Conexão de Notícias Arena de Notícias Domiplay Brasil O Repórter Regional online Hora News TVC Brasil Mirante da Bocaina Jornal Giro da Região Paraíba Online De Fato Rondônia Tribuna Valinhense Outras Palavras

Paulista (SP), conduziu uma pesquisa que resultou no desenvolvimento de um peptídeo que pode se tornar um aliado no tratamento do Alzheimer. Modificado em laboratório, a partir de uma proteína encontrada no peixe merluza (Merluccius productus), o composto inibiu a principal enzima que causa a doença, a BACE-1.

Um dos diferenciais do peptídeo é que ele foi capaz de chegar ao cérebro de modelos animais. Nos testes in vitro com neurônios afetados pelo Alzheimer, a substância bloqueou a atividade da enzima BACE-1.

A bióloga Juliana Mozer Sciani, orientadora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Toxinologia do Butantan e pesquisadora da Universidade São Francisco afirma que “Com isso, o peptídeo reduziu a quantidade de beta-amiloides, proteínas tóxicas responsáveis pela doença, mostrando-se um bom candidato para tratamento”

Do mesmo modo, Juliana que trabalha com substâncias de animais marinhos há mais de 10 anos, coordenou o trabalho e teve a responsabilidade de fazer diversas modificações na sequência do peptídeo e simulações, utilizando ferramentas de bioinformática, até chegar à versão com maior potencial contra a BACE-1. A descoberta da proteína original do peixe ocorreu por pesquisadores da Ásia em 2019 e sua sequência ficou disponibilizada em banco de dados.

O novo peptídeo desenvolvido demonstrou alta estabilidade e possibilidade de chegar ao alvo. Também se mostrou seguro e sem toxicidade, de acordo com ensaios em animais saudáveis feitos no Butantan pela pesquisadora Bianca Cestari Zychar, responsável pela plataforma multiusuário de Microscopia Intravital, e pelo diretor do Laboratório de Fisiopatologia, Luís Roberto Gonçalves.

Novos testes

Nos modelos animais, duas horas após sua administração, o composto chegou ao cérebro. Ele passou pelo pulmão, pâncreas, baço e fígado (onde foi metabolizado), mas não se acumulou em nenhum órgão. Depois de seis horas, se concentrou no rim para ser eliminado pela urina. Todos os órgãos ficaram intactos e sem sinal de inflamação ou danos nas células.

“Esse estudo, chamado de farmacocinética, mostra como a substância se desloca no organismo. Por que tomamos alguns remédios de 6 em 6 horas, e outros de 12 em 12, por exemplo? Porque foi feita uma análise de como o fármaco se distribui no corpo, para saber quanto tempo leva para ter a ação e quanto tempo ele demora para sair” , explica.

Conhecendo o comportamento do peptídeo em um organismo vivo e sua ação nos neurônios, os cientistas irão testá-lo como um tratamento. A medida deve ocorrer em modelos animais com a doença de Alzheimer, para avaliar a sua eficácia.

Ainda há um longo caminho até que testem o composto em pacientes e transformado em um produto. No entanto, o peptídeo possui uma série de vantagens em relação a outros semelhantes já descritos. Além de ser estável e conseguir agir durante horas, ele é um inibidor reversível.

“Isso significa que ele ‘liga e desliga' a enzima, enquanto outros a bloqueiam completamente. A inibição total pode causar efeitos adversos, já que essa enzima também tem um papel fisiológico na neuromodulação” , destaca Juliana.

Os dois grupos de medicamentos aprovados no tratamento de Alzheimer que existem ajudam a aumentar a expectativa de vida e amenizar sintomas, mas não curam. Eles provocam uma série de efeitos adversos, como náuseas, diarreia, alergia, perda de apetite, dor de cabeça, confusão, tontura e quedas, segundo o Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA) dos Estados Unidos.

Sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa multifatorial que acomete mais os idosos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde ( ), representa 70% dos casos de demência no mundo, com 40 milhões de pessoas acometidas. As mudanças no cérebro podem começar anos antes dos primeiros sintomas aparecerem. No início, ocorre perda de memória que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é algo “normal” do envelhecimento e precisa passar por uma investigação.

Eventualmente, o paciente pode ter dificuldade de manter uma conversa, responder aos acontecimentos do ambiente e fazer as atividades do dia a dia. Mudanças de humor e comportamento são outros sinais. Acredita-se que o Alzheimer também tenha um fator genético, mas que não é determinante.

Conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, estudos de longa duração sugerem que práticas saudáveis, como atividades físicas, alimentação balanceada e consumo limitado de álcool, podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença.

Fonte: Agência Brasil