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Estudo diz que Código Florestal pode aumentar desmatamento na Amazônia (1 notícias)

Publicado em 19 de novembro de 2018

Produzir com sustentabilidade. Nunca se falou tanto sobre preservação ambiental e produção de alimentos como agora. E, recentemente, um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (Fapesp) afirma que até 15 milhões de hectares de Floresta Amazônica podem perder a proteção legal por causa do novo Código Florestal. Aproveitando o calor dos debates, o Encontro Nacional Top Farmers, marcado para ocorrer entre os dias 4 e 5 de dezembro, reunirá cerca de 300 produtores rurais de grande porte, em especial de soja milho e algodão. Uma boa oportunidade para discutir temas transversais e que impactam na produção, levando em conta a sustentabilidade.

O assunto, claro, divide opiniões. De um lado, especialistas. Do outro, produtores rurais. Conforme o estudo, a área estimada é aproximadamente do tamanho do estado do Ceará. O artigo que trata da área de floresta amazônica, publicado nesta semana em uma revista científica estrangeira, é escrito por pesquisadores brasileiros e suecos. O estudo considera o novo Código Florestal, aprovado em 2012, para fazer a estimativa.

Se o estado tiver mais de 65% dos territórios protegidos por unidades de conservação ou demarcações indígenas, os proprietários privados passam a poder desmatar até 50% das terras. Esse porcentual antes era de 20%.

Pelos cálculos dos pesquisadores, se o artigo for implementado, de 7 a 15 milhões de hectares ficam desprotegidos e podem ser desmatados legalmente. A estimativa varia porque existem terras públicas ainda sem destinação específica. Caso essas áreas sejam protegidas, elas permitirão um maior desmatamento de terras privadas.

O pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Gerd Sparovek opina que a nova lei cria uma condição contraditória. Ao criar unidades de conservação, permite-se a expansão do desmatamento.

Top Farmers – O Encontro Nacional Top Farmers acontecerá nos dias 4 e 5 próximos, reunindo aproximadamente 300 produtores rurais de grande porte, em especial de soja milho e algodão (propriedades acima de 5 mil hectares) e café (área de cultivo de 400 hectares ou mais).

A meta é elencar tendências, desafios, cenários e perspectivas para o Agronegócio; debater sucessão, gestão, liderança, digitalização da agricultura e financiamento da produção, entre outros temas. Também será realizado painel sobre o Agronegócio na relação Brasil-China. Da programação também faz parte exposição das empresas parceiras do evento. Entre os painelistas e debatedores, nomes de destaque no cenário nacional em cada um dos temas (na página oficial do evento você confere a programação), como consultores e especialistas, empresários, produtores rurais, entre outros.

Dentre os nomes confirmados, estão o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni, dentro do painel Tendências para o agronegócio no mercado global; a diretora da MPrado Consultoria, Luciana Martins, com o tema Gestão 4.0 – seja o maestro da sua propriedade agrícola; e ainda o painel Os desafios na sucessão: o segredo para uma propriedade agrícola sustentável, com o executivo Emerson Moura, superintendente Frísia, e a diretora-estratégica do Grupo Água Tirada, Ana Nery Terra Souza. E, ainda, o tema Mercado e competitividade do brasil na produção de grãos, com o executivo Anderson Galvão, CEO da Céleres.

O evento é organizado pelo Grupo Conecta e será realizado no Hotel Royal Palm Hall, em Campinas (SP). Informações sobre inscrição, participação e patrocínio pelo e-mail contato@gpoconecta.com.br ou pelos telefones (34) 3227-4286 e (34) 99947-0005.

Portal Revista Safra, com informações da Vetor Com e Agência Brasil