A pesquisa "Integração de dados de sensoriamento remoto e métodos de análise espacial em remanescentes florestais: uma contribuição para o Laboratório de Geografia da Saúde da Unesp de Presidente Prudente" é parte de uma proposta de desenvolvimento institucional que dará subsídios técnico-científicos para a implementação de métodos de aquisição, representação e análise de dados em sensores remotos voltados aos estudos do Laboratório de Geografia da Saúde da Unesp de Presidente Prudente, em particular no desenvolvimento e análise de indicadores ambientais em remanescentes florestais e suas correlações com a saúde pública.
Realizado por Eduardo Augusto Werneck Ribeiro e Raul Borges Guimarães, respectivamente pesquisador e supervisor do Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde da Unesp, o estudo consiste em desenvolver e aprimorar métodos de análise espacial em Geografia, por meio de dados de sensores remotos e levantamentos fitossociológicos nas áreas de remanescentes florestais no oeste paulista.
"Nesta etapa, estamos aprimorando o modelo de predição (inferência) de ocorrência de insetos transmissores de doenças. Atualmente, o projeto já colabora com outros três atividades desenvolvidas no laboratório, com a participação e cooerientação em iniciação cientifica e aprimoramento técnico", afirma Ribeiro.
Os pesquisares afirmam que, colaborando com outras pesquisas (projeto Biota/Fapesp), esperam suprir a deficiência de dados relativos à características descritoras da paisagem para inferência de vetores de doenças endêmicas.
"Espera-se a partir deste estudo exploratório, utilizar imagens de satélite multi e hiperespectrais, a fim de mapear áreas propícias para a ocorrência de doenças decorrentes da degradação e desequilíbrio ambiental, a partir da integração de dados espectrorradiométricos", conclui Ribeiro.
A pesquisa foi apresentada no Simpósio Internacional 'Questões do Trabalho, Ambientais e da Saúde do Trabalhador', que ocorreu entre os dias 15 e 17 de maio na Unesp de Presidente Prudente.
O evento foi organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas do Trabalho, Ambiente e Saúde (CETAS) e contou com professores da Universidade da Geórgia (EUA), do Centro de Estudos Ambientais Cienfuegos (Cuba) e da Universidad Nacional de San Juan (Argentina).
A trajetória de pesquisa do coletivo CETAS expressa predomínio da compreensão dos impactos sobre trabalhadores, ambiente e a sociedade. O Centro é formado pelo Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (GEGeT/Laboratório CEMOSI/OTIM), pelo Grupo de Pesquisa 'Gestão Ambiental e Dinâmica Socioespacial' (GADIS) e pelo Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde. Neste sentido, o evento possui um eixo fundamental de discussão vinculado às atuações dos Grupos de Pesquisas que dão origem ao CETAS.
Assessoria de Comunicação e Imprensa