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Estudo de São Carlos sugere que nanotubos de silício inativam a Covid-19 (17 notícias)

Publicado em 14 de março de 2022

Imagem simulada da interação entre os nanotubos e a proteína spike (Foto: PSS Mendonça Et Al / reprodução) Um estudo conduzido em São Carlos sugere que nanotubos de silício teriam a capacidade de inativar o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19. As conclusões foram publicadas em revista internacional de estrutura biomolecular.

A pesquisa foi feita no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um centro de pesquisa da Fapesp sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O estudo é teórico e usa vários métodos da química computacional para analisar as propriedades estruturais e eletrônicas dos nanotubos puros e oxidados, de acordo com o doutorando Jeziel Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Química da UFSCar.

Conforme relatado no artigo, os nanotubos teriam o potencial de se ligar a aminoácidos presentes na ponta da proteína spike, usada pelo vírus para se conectar à célula humana e viabilizar a infecção.

"Os resultados indicam que o nanotubo é um potencial candidato a ser utilizado contra a Covid-19", diz Rodrigues.

O doutorando espera que esses achados ajudem outros pesquisadores no desenvolvimento de materiais com capacidade virucida. "Continuaremos os estudos abordando a interação com novas proteínas virais e investigando o mecanismo de eliminação do patógeno", conta.