A nova cepa, que já havia sido detectada nos Estados Unidos, se mostrou altamente versátil e adaptável, adquirindo resistência a tratamentos convencionais
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram uma nova cepa da bactéria Klebsiella pneumoniae no Nordeste, que apresenta resistência a quase todos os antibióticos disponíveis. O estudo, considerado alarmante, aponta para um risco elevado de propagação global e de quadros fatais, especialmente em pessoas com baixa imunidade.
A Klebsiella pneumoniae é conhecida por causar infecções graves, como pneumonias e infecções urinárias, sobretudo em ambientes hospitalares. A nova cepa, que já havia sido detectada nos Estados Unidos, se mostrou altamente versátil e adaptável, adquirindo resistência a tratamentos convencionais. “Ela se adapta rapidamente e pode se tornar endêmica em hospitais ao redor do mundo”, afirmou Nilton Lincopan, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e coordenador do estudo.
Os pesquisadores analisaram o genoma da cepa e compararam com outras 408 sequências bacterianas, destacando a necessidade urgente de um plano global de contenção. Segundo Lincopan, pacientes com baixa imunidade, como os internados em UTIs, são os mais vulneráveis, e a falta de tratamentos eficazes pode levar a casos fatais.
A resistência bacteriana pode ter sido agravada pelo uso excessivo de antibióticos durante a pandemia de Covid-19. O estudo sugere que o uso intensivo desses medicamentos em pacientes hospitalizados pode ter contribuído para o surgimento de cepas mais resistentes.
O estudo completo pode ser acessado aqui
Por Bruno Rakowsky
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