Uma pesquisa recém-concluída descobriu que na saliva dos homens de até 50 anos a quantidade de vírus é dez vezes maior do que nas mulheres. Depois da descoberta, a equipe do centro de genoma humano da Universidade de São Paulo entrevistou 1.744 casais brasileiros. Dos dados que obtiveram, verificaram que dois terços dos homens foram infectados pela covid primeiro. O estudo sugere, ainda, que eles transmitem a doença mais facilmente do que as mulheres
Vídeo de reportagem do Jornal da Record, da Record TV, sobre constatação de que além da maior suscetibilidade a apresentar quadros graves de COVID-19 e a morrer em decorrência da doença, os homens são mais primeiramente infectados e, consequentemente, podem ser os principais transmissores do SARS-CoV-2. O estudo do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) – um dos CEPIDs financiados pela FAPESP - foi feito com base em um levantamento epidemiológico que envolveu 1.744 casais brasileiros. Os resultados do trabalho foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares. Outra pesquisa realizada pelo Centro, com base em um exame de detecção do SARS-CoV-2 pela saliva desenvolvido no CEGH-CEL, apontou que os homens apresentam uma carga do vírus no fluido cerca de dez vezes maior do que mulheres, particularmente até os 48 anos de idade. Essa diferença de carga viral não foi detectada em testes com amostras nasofaríngeas. Este estudo foi publicado na revista Diagnostics. As investigações também tiveram apoio da Fundação por meio de Auxílio à Pesquisa - Temático e Bolsa de Pós-Doutorado no país