Um estudo conduzido pelo Instituto Butantan e pela Universidade São Francisco de Bragança Paulista, em São Paulo, trouxe novas perspectivas para pacientes com Alzheimer. Os pesquisadores identificaram que uma molécula, derivada de uma proteína encontrada no peixe merluza, inibiu a atividade da principal enzima associada à doença, a BACE-1.
Uma característica distintiva dessa molécula é sua capacidade de atravessar a barreira cerebral em modelos animais. Em testes in vitro envolvendo neurônios afetados pela doença de Alzheimer, essa substância conseguiu bloquear a ação da enzima BACE-1.
Como resultado, o peptídeo reduziu a quantidade de beta-amiloides, que são proteínas tóxicas relacionadas à doença, indicando ser um promissor candidato para tratamento.
A proteína original do peixe foi descoberta por pesquisadores asiáticos em 2019, e sua sequência genética foi disponibilizada em bancos de dados. Este avanço científico renova as esperanças para a pesquisa de tratamentos eficazes contra o Alzheimer, uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.