Notícia

Portal do Guaporé

Estudo aponta 3 tipos do novo coronavírus (228 notícias)

Publicado em 11 de abril de 2020

NMQB (China) CNN (Brasil) RMF 24 (Polônia) MSN (Argentina) Veja Saúde online A Tribuna (Santos, SP) online A Gazeta News (MS) online O Observador online Planeta Universitário São Carlos Dia e Noite Vide Versus Espaço Ecológico no Ar Folha Vitória online APM- Associação Paulista de Medicina Portal AZ GP1 O Estado RJ online Jornal Opção (Goiânia, GO) online Folha do MS (MS) Jornal GGN ClickNews Planeta online Alô Tatuapé Alô Tatuapé Folha Rondoniense online Blog do Claudério Augusto Juruá Online Blog Henrique Barbosa Blog do Valente Blog do BG Folha do ABC online Repórter MT Tribuna Feirense online Painel Político Nordeste 1 Vale do Piancó Noticias Blog do Levany Junior Biblioteca FMUSP Jornal Ação Popular Gazeta do Santa Cândida online Gestão Ambiental Agora RN online Portal do Zacarias Portal do Zacarias Litoral Hoje Litoral Hoje Jornais Virtuais Visão Cidade 24 Brasil Campos 24 horas Portal N10 Jornal do Tocantins online O Popular (Piracicaba, SP) online Z1 Portal de Notícias Tudo Ok Notícias Porto Alegre 24 Horas Diário do Litoral (Santos, SP) Enfoque MS Daynews Radar Santa Maria Rádio Mais FM Educativa Rádio Mais FM Educativa Portal Neo Mondo PEBMED Jornal Roraima Hoje Blog do Zé Beto Algomais online Barreiras Notícias Notivagos Tribuna de Ituverava online Aracaju Magazine Acesse Notícias Gipope-Gariba's Logística & Solutions Saber Atualizado Gazeta de S. Paulo online Agora Notícias Brasil Piauí Noticias Portal G1 News Blog Ciência e Saúde Blog do Didi Vale Comentar Bom Dia Feira Correio de Carajás Mega Cidade Resende News Resende News FA Notícias Portal da Enfermagem Canindeyu Digital (Paraguai) Varela Notícias Tudo Sobre Ciência e Tecnologia Central das Notícias Central das Notícias Linhares em Dia Impacto News Canal Gama Portal Euclidense Yahoo! Finanças TV Assembleia - Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) TV Assembleia - Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) Imprensa Pública Smurphies Disco Club Refugo Head Topics (Brasil) Head Topics (Brasil) Dica do tio Dica do tio Click Nova Olímpia Diário MS News Silvani Notícias (G1 Notícias) Tribuna Top Studio Max TV Subúrbio News Brasil CT&I Rolim Notícias Portal do Médico Asmetro-SN (Sindicato Nacional dos Servidores do Inmetro) Recôncavo no Ar TV Mais Tá na Área Blog A Crítica O Diário do Vale Vale São Patrício Vale São Patrício Jornal das Alagoas online Paulopes Blog Saúde e Dicas Mais Pederneiras Vilhena Notícias Portal Ribeirão Preto Andirá Virtual Paraíba Master Ipará City (BA) Portal O FarolPB Na Hora Online Atual MT CIPERJ - Associação de Cirurgia Pediátrica do Estado do Rio de Janeiro Portal Gilberto Silva TS Radio Blog Goiás DF O Brasileiro Nota Diária Rádio Top Samba Verde Vale FM 103,7 18 Horas Cultura & Realidade Criativa FM 87,9 Fakty.interia.pl A Rádio Rock 89,1 FM Tirana Today (Albânia) Nas Notícias Nas Notícias Tio Sam Sem Limites News Rádio Studio FM 98.3 Hora News MT Nova Saúde News Jovem Capital FM 87,9 Jovem Capital FM 87,9 Blog do Tiago Padilha RW Sonorização Maricá Visor Notícias Rádio Geek Vila Conectada Vila Conectada Nikkey Shimbun Vida em Equilíbrio Web Rádio MaxLine Revista Embarque Jornal do Bairro Alto online Jornal do Bairro Alto online Jornal do Bairro Alto online Jornal do Bairro Alto online Portal Maratimba Portal Velho Monge Porto Notícias Porto Notícias Alto Parana (Paraguai) Portal Projeta Instituto Gamaliel Rádio Pinhais FM 87,9 Últimos Acontecimentos FESPPI - Federação dos Servidores Públicos do Estado do Piauí Diário Sobralense Indiaroba Web Alvorada FM 102.5 Notícias BH Rádio Comunitária Tupancy 87.5 FM Folhão News Jornal Litoral RJ Rádio Gospel Curitiba Página 12 Brazil Urgente BBC Brasil Quenotícias Soc Gastro Soc Gastro
Por BBC Brasil

Como o coronavírus se espalhou pelo mundo a partir de Wuhan, cidade chinesa que registrou os primeiros casos da doença, em dezembro de 2019? Há três grandes percursos traçados pelo vírus até que infectasse 1,5 milhão de pessoas, afirma um novo estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e da Universidade de Kiel, na Alemanha.

Os casos que surgiram no Brasil são muito mais ligados ao vírus que circulou na Europa do que aquele que apareceu na China. “A rede algorítmica (que analisou a proximidade das variações do vírus em cidadãos de diversos países) reflete uma ligação mutante entre o genoma viral da Itália e do Brasil”, escrevem os autores da pesquisa.

Para chegar a essa e a outras conclusões, eles analisaram as mutações do vírus nos primeiros 160 sequenciamentos genéticos desses invasores encontrados em pacientes humanos. É importante deixar claro que as mutações são comuns e raramente significam que o vírus ficará mais letal, contagioso ou com sintomas mais graves, por exemplo.

O grupo de cientistas usou um mapeamento de linhagens de códigos genéticos parecido com o modelo usado para identificar quais foram os movimentos migratórios das populações humanas pré-históricas.

Mas por que isso é importante? No caso da pandemia, a estratégia busca traçar as rotas de infecção conectando os pontos entre os casos conhecidos. Ao entender como o vírus se espalha, é possível pensar em que medidas podem ser adotadas para conter a transmissão da doença de uma região do país para outra, por exemplo.

Esses dados também pode apontar o ritmo e o tamanho da variação genética do vírus. Em geral, se isso se der de forma lenta e suave (como tem acontecido até agora), uma eventual vacina teria uma eficácia bastante ampla.

Há mais de 1.000 sequenciamentos genéticos do novo coronavírus já realizados, basicamente divididos em três grandes grupos, segundo os pesquisadores: A, B e C, sendo B derivado de A, e C derivado de B.

O tipo A é considerado o “original”, que está mais próximo do vírus encontrado em morcegos e pangolins, dois animais que têm sido associados ao início da pandemia. Não se sabe até agora, porém, como o vírus chegou até o primeiro paciente humano.

O tipo B tem maior incidência no Leste da Ásia, mas não se espalhou muito a partir dali, afirmam os pesquisadores. Isso pode ter acontecido, segundo eles, porque o vírus pode ter encontrado resistência imunológica ou ambiental para se espalhar entre pessoas de outras localidades do mundo.

O tipo C é considerado o majoritário na Europa, e foi encontrado nos primeiros pacientes de países como França, Itália e Suécia. Essa categoria de sequenciamentos genéticos também inclui o Brasil.

A relação entre os casos do Brasil e a Europa já havia sido detalhada em um estudo com pesquisadores brasileiros publicado no fim de março. Segundo os dez especialistas que assinam o artigo, metade dos casos identificados em território brasileiro eram ligados à Itália.

Ester Sabino, uma das autoras desse segundo estudo e diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), afirmou à época que o espalhamento do vírus no Brasil se deu de modo peculiar.

“Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de COVID-19 começou devagar, com um número pequeno de casos inicialmente, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em uma disseminação muito rápida do vírus (em dez capitais)”, disse, em entrevista à Agência Fapesp.

Quando o vírus se instalou no Brasil, ou seja, passou a ser transmitido localmente em larga escala, ele também sofreu novas mutações que permitem identificar o percurso dele dentro do país.

Até 10 de abril, o Brasil havia registrado 19.638 casos da doença e 1.056 mortes. Há notificações em todos os Estados e no Distrito Federal.

Mutações genéticas oferecem riscos?

Para chegar até os humanos, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) precisou mutar no animal onde estava antes. Desde o início da pandemia, nenhum estudo identificou que alguma mutação tenha tornado o coronavírus mais letal ou contagioso.

Segundo especialistas, o termo “mutação” ganhou uma conotação de perigoso no imaginário popular por meio de obras de ficção com super-heróis mutantes ou vírus mortais que sofreram mutações para dizimar a humanidade.

No início de março, três pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, escreveram um artigo na revista científica Nature Microbiology com o título “Por que não devemos nos preocupar quando um vírus muta durante epidemias”.

Segundo eles, a mutação faz parte da natureza de um vírus (que é uma coleção de material genético envolvido por uma capa proteica), é uma “consequência natural de ser um vírus”, porque ele utiliza a enzima RNA polimerase para se replicar no corpo humano, e esse processo é suscetível ao erro, e portanto mutações, a cada ciclo de cópia.

Nathan Grubaugh, Mary Petrone e Edward Holmes afirmam que essa capacidade de mutar é o que alimenta o sistema evolucionário, mas uma mutação só vai se espalhar com força numa população de vírus se ela for vantajosa do ponto de vista da seleção natural.

Ou seja, se tornar mais letal pode não ser vantajoso para um vírus porque ele tenderia a se espalhar menos, por exemplo.

“O senso comum é que a virulência só vai mudar, para mais ou para menos, se ela ampliar a taxa de transmissão do vírus, o que significa aumentar a prole. No entanto, uma alta virulência (nem sempre) reduz a transmissibilidade se o hospedeiro está doente demais para expor os outros.”

Com 1,5 milhão de infectados, as mudanças no código genético não devem parar tão cedo para o novo coronavírus. E é possível acompanhar o mapeamento dessa evolução pelo site NextStrain, que oferece um mapa dos trajetos percorridos por cada variação ao redor do mundo ao longo do tempo.

Por R7