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Estudo: Apneia do sono acelera envelhecimento, mas aparelho pode ajudar (33 notícias)

Publicado em 17 de julho de 2023

Uma pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostrou que a apneia do sono acelera o envelhecimento.

A apneia do sono é um distúrbio do sono no qual uma pessoa tem pausas na respiração durante a noite que duram segundos ou até minutos. Isso causa despertares noturnos, o que, claro, prejudica a qualidade do sono.

O estudo, publicado na revista Sleep, apontou que a apneia acelera o encurtamento dos telômeros, estruturas que ficam nas pontas dos cromossomos e preservam o material genético. Quando os telômeros ficam muito curtos, a célula para de se multiplicar, causando o envelhecimento.

Mas, segundo os pesquisadores, o uso de um aparelho chamado CPAP, que significa pressão positiva contínua nas vias aéreas, ajuda a evitar esses efeitos. Ele é preso a uma máscara e sopra ar no nariz durante o sono para regular a respiração.

Como foi elaborado esse estudo

No estudo, a equipe acompanhou 46 homens na faixa dos 60 anos com apneia do sono moderada ou grave.

Os participantes foram divididos em dois: metade usava o CPAP para dormir, e o restante usava aparelho semelhante, mas com vazamentos de ar que impediam o efeito terapêutico.

Em visitas mensais, os cientistas verificaram a adesão dos pacientes ao aparelho, terapia considerada complexa e desconfortável, e coletaram sangue para medir o comprimento dos telômeros — análise feita em três momentos: no início do experimento, após um período de três meses e ao final do experimento. da intervenção.

Os resultados indicaram que o CPAP aumentou os níveis sanguíneos que aceleram o encurtamento dos telômeros – marcadores biológicos de inflamação e estresse oxidativo.

No grupo que utilizou o outro método, sem tratar a apnéia, esses níveis foram maiores.

O encurtamento dos telômeros é inevitável porque está relacionado à inflamação e ao estresse oxidativo do envelhecimento, mas descobrimos que pessoas com apneia experimentam uma aceleração desse processo. Também observamos que, tanto aos três quanto aos seis meses, o uso do CPAP atenuou essa aceleração. Priscila Farias Tempaku, pesquisadora do Departamento de Psicobiologia da Unifesp e autora do estudo para a Agência Fapesp

apnéia é sério

Além do envelhecimento, a apneia está associada a problemas de saúde como:

  • Aumento do risco cardiovascular;
  • Hipertensão;
  • insuficiência cardíaca;
  • Diabetes;
  • Deficiência cognitiva: memória e concentração, por exemplo.

Os principais sinais do distúrbio são: ronco, cansaço durante o dia e falta de foco.

O diagnóstico requer um teste conhecido como polissonografia. E o tratamento, além do uso do CPAP, costuma envolver mudanças no estilo de vida, incluindo perda de peso, redução do consumo de álcool à noite e de remédios para dormir.

*Com informações da Agência FAPESP.

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