Estudar em outra instituição de ensino, no exterior ou no Brasil, é uma das oportunidades que se abre para estudantes universitários, permitindo ampliar o processo de formação por meio do contato com pesquisadores e experiências em outro ambiente universitário. É o que confirma Fhysmélia Firmino de Albuquerque, estudante do curso de Química licenciatura do Campus Arapiraca, após participar de um estágio de 50 dias no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP).
“Sem dúvida alguma, esta foi uma das experiências mais enriquecedoras ao longo da minha graduação”, garante. Ela conta que a participação no estágio não se limitou às contribuições acadêmicas, explorando além da produção científica. “Tive a oportunidade de conhecer uma outra realidade da pesquisa brasileira, o que notavelmente expandiu meus horizontes. Além disso, esse passo em direção à independência foi significativo. Embora tenha sido desafiador estar distante da família e dos amigos, compreendi que em algum momento todos nós precisamos enfrentar essa situação e o estágio proporcionou experimentar esse cenário”, argumenta.
Para estagiar na USP, Fhysmélia participou do processo seletivo do Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A iniciativa tem com objetivo permitir que graduandos estagiem em instituição de pesquisa localizada no estado de São Paulo e sejam recebidos por pesquisadores titulares da ABC. Há uma chamada aberta para seleção de estudantes com prazo de inscrição até o próximo dia 20 de agosto. Para saber mais e se inscrever, clique aqui
A estudante de Química da Ufal, que já tinha participado do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), sob orientação da professora Thaissa Lucio, enxergou no Programa paulista uma oportunidade para ampliar a formação profissional e recomenda a participação. “Como aluna da Ufal, especialmente do interior, posso afirmar que essa experiência foi incrivelmente enriquecedora. Encorajo todos os jovens da Ufal a considerarem essa oportunidade, pois ela não apenas aprimorou minha formação acadêmica, mas também ampliou meus horizontes de maneira que eu nunca poderia ter previsto”, ressalta.
E acrescenta: “Conhecer uma nova realidade de pesquisa e enfrentar a independência pessoal ao ficar longe de casa são desafios que podem contribuir significativamente para o nosso crescimento. Por isso, não devemos ter medo em buscar essas experiências transformadoras que podem abrir portas para um futuro promissor”.
O estágio de Fhysmélia foi realizado no grupo Grupo de Polímeros Professor Bernhard Gross, com início em 9 de janeiro e término em 29 de fevereiro. Durante o período, recebeu orientação do professor Osvaldo Novais de Oliveira Júnior e do pós-doutorando Andrey Coatrini. “A experiência de colaborar com eles foi bastante gratificante e a autonomia que me concederam para a execução do nosso planejamento foi importantíssima. Eles sempre estiveram disponíveis e as discussões que mantive com ambos foram bastante produtivas”, afirma.
Além de experiência, o estágio resultou no trabalho de conclusão de curso (TCC) da estudante, já defendido, e ainda pode render mais trabalhos acadêmicos. “Graças a essa colaboração, os dados que construímos foram utilizados para a redação do meu TCC. Contudo, produzimos uma quantidade substancial de material, deixando ainda bastante margem para futuras discussões e publicações”, informa. Apoio e orientação
Em relação às informações sobre como participar do programa, a estudante conta que conseguiu a partir de um e-mail recebido de uma lista de transmissão da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) da Ufal. De forma rotineira, as pró-reitorias da Ufal e coordenações de curso encaminham e-mails com informações sobre oportunidades para estudantes. Por isso, a importância de manter o e-mail atualizado e também visitar o portal e as redes sociais da Ufal para ficar informado.
“Quando li o edital, vi as instituições e os pesquisadores envolvidos, logo tive interesse em participar”, diz. Atenta às chances que a Universidade oferece, Fhysmélia conta que, ao longo da graduação, sempre tentou participar des programas e projetos que estavam a seu alcance. Foi assim também com o programa promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) .
“Minha orientadora Thaissa estava na sala quando recebi o e-mail e logo analisamos quais opções seriam mais interessantes para eu tentar, dentro das possibilidades disponíveis. Ela sempre esteve presente e me ajudou a estruturar a carta de motivação. O apoio dela foi muito importante, sempre se fez muito presente no meu processo de desenvolvimento e me apoiou naquilo que precisava. Sou eternamente grata!”, reconhece.
Em relação ao processo de seleção, a discente garante que não encontrou dificuldade e, além de preencher um formulário com dados pessoais, precisou anexar uma carta de motivação. Em relação a essa última exigência, ela orienta que é preciso ser escrita com objetividade e com boa apresentação de motivos.
“Poderíamos escolher até duas opções de orientadores para o estágio. Não achei essa etapa difícil, mas foi legal fazer com atenção e revisar os trabalhos publicados pelos orientadores que me interessavam para entender o que eles faziam, como isso poderia se relacionar com minha motivação e mostrar por que eu seria uma boa candidata”, esclarece.
Ascom Ufal