Estudo feito por cientistas brasileiros e americanos identificou a causa e maneiras de impedir o branqueamento dos pelos.
Da próxima vez que você achar que alguém está te causando cabelos brancos por causa de estresse, já pode 'acusá-los' com base científica.
Estudo feito por cientistas brasileiros e americanos identificou a causa e maneiras de impedir o branqueamento dos pelos.
Cientistas do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias, da Fapesp, em parceria com pesquisadores de Harvard revelaram nesta quarta-feira (22/01) que o processo de despigmentação capilar pode ocorrer de maneira acelerada em pessoas sob condições de estresse ou depois de passar por um grande trauma.
O cientista Thiago Mattar Cunha afirmou que chegou à conclusão desse estudo graças a uma série de fatores imprevistos.
A maior parte dos testes foi feita na universidade americana, coordenada pela professora de biologia regenerativa Ya-Chieh Hsu. A outra foi realizada nos laboratórios da USP de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Tudo isso para que o corpo se prepare o mais rápido porssível para uma luta, esquiva ou fuga. A partir disso, eles passaram a tentar identificar possíveis formas de bloquear isso.
"Cerca de quatro semanas após a injeção sistêmica da toxina, um aluno de doutorado observou que os animais estavam com os pelos completamente brancos. Aparecia em cerca de 30% a 40% dos pelos. Quanto maior o estresse, mais pelos brancos", afirmou o cientista brasileiro.
"Então tratamos os animais com guanetidina, um anti-hipertensivo capaz de inibir a neurotransmissão pelas fibras simpáticas e observamos que o processo de embranquecimento capilar foi bloqueado", afirmou Cunha.
Cientistas conseguiram interromper o branqueamento capilar durante o estudo
O cientista diz que não há uma pesquisa no sentido de criação de um medicamento que evitaria o embranquecimento do cabelo. Até porque as tinturas disponíveis hoje já resolvem a questão estética e não possuem efeitos colaterais que um medicamento pode causar.