Notícia

Jornal da Manhã (Cricíuma, SC)

Estado financiará pesquisas nas áreas de saúde e educação

Publicado em 19 outubro 1999

Projetos de pesquisa nas áreas de saúde, educação, meio-ambiente e economia contarão com financiamento do Governo do Estado para serem desenvolvidos. Estão reservados RS 924 mil para os 61 primeiros projetos finalistas do Programa de Pesquisas em Políticas Públicas da Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, ligada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - anunciados pelo governador Mário Covas. Os temas variam do impacto do tráfego na segurança dos pedestres a propostas de microcrédito para exportação. "São Paulo destinará à ciência e à tecnologia R$ 2,3 bilhões neste ano. Corresponde a 12,5% do ICMS que arrecada. Esses 12,5 por cento, ou seja RS 12,5 reais em cada R$ 100 arrecadados, permitem que aqui se localize três das melhores universidades brasileiras, 19 institutos de pesquisas, 109 escolas técnicas e uma instituição como o Fapesp", disse Covas. "Seguramente é esse sistema que tem permitido a São Paulo caminhar na frente dos demais", completou. A Fapesp tem sustentado e financiado tanto a pesquisa acadêmica quanto a pesquisa tecnológica que pode ser incorporada à produção, segundo o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, José Aníbal. "Resolve, desta forma, problemas do processo de produção, resultando em um produto de melhor qualidade e aceitação no mercado. Portanto, com maiores condições de competir", disse Aníbal. Para a primeira fase do Programa de Pesquisas em Políticas Públicas, de preparação de estudos de viabilidade, com seis meses de duração, os pesquisadores receberão até R$ 30 mil. Numa segunda etapa, a de execução propriamente dita, os financiamentos podem chegar a RS 200 mil, em até dois anos, conforme explicou o diretor científico da Fapesp, José Fernando Perez. Ao total foram apresentadas 226 propostas, sendo 162 consideradas enquadradas nos pré-requisitos. De acordo com o regulamento da Fapesp, os projetos teriam de ser propostos por uma instituição de ensino, em parceria com alguma outra instituição. "É importante acentuar que esses projetos não serão feitos exclusivamente por universidades públicas, mas também pelo ensino privado, que começa a dar importância à pesquisa" finalizou o secretário.