Desde o início do ano, mais de 124 mil casos foram confirmados; Araçatuba e São José do Rio Preto são as cidades com os piores índices Victória Ribeiro
Diante do avanço da dengue , o Estado de São Paulo decretou estado de emergência nesta quarta-feira, 19. O governador Tarcísio de Freitas deve assinar o decreto ainda hoje.
A medida, acionada quando há ameaça à ordem pública, à segurança ou ao bem-estar da população, ocorre após São Paulo atingir 124.038 infecções — uma média de 270 casos por 100 mil habitantes. Outros 82,9 mil casos seguem em investigação. Para ter ideia do avanço da doença no estado, em comparação ao dia de ontem, o salto foi de 5% no número de casos.
"O que nós estamos vendo é uma curva ascendente, que está preocupando a todos nós", declarou o secretário de saúde Eleuses Paiva.
A região noroeste é a mais afetada, especialmente Araçatuba e São José do Rio Preto, onde a incidência ultrapassa 2 mil casos por 100 mil habitantes — mais de seis vezes o índice considerado epidêmico (300 casos por 100 mil). Além dessas regiões, outras seis também enfrentam epidemia: São João da Boa Vista, Araraquara, Ribeirão Preto, Marília, Presidente Prudente e Barretos.
O número de mortes confirmadas chega a 113, enquanto outras 233 estão em análise. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, uma em cada quatro pessoas que desenvolveu a forma grave da doença não resistiu.
O que muda com o decreto?
A intenção é dar maior agilidade às tomadas de decisões em relação à doença, seja na contratação de profissionais, campanhas de conscientização, compra de insumos e aumento na rede de atenção.
De acordo com o secretário, o Estado pretende repassar 228 milhões, voltados à montagem de estruturas de acolhimento, compra de insumos e hidratação. Além disso, a intenção é aumentar os leitos dos hospitais em 20%.
A reportagem está em atualização.