Há 10 anos, em 17 de setembro de 2004, a Sabesp inaugurava a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Limoeiro, uma das maiores obras da companhia no interior do Estado. Hoje, o valor investido na obra e ao longo do período de operação da ETE é equivalente a R$ 83 milhões.
A estação, instalada em uma área de 162 mil m², atualmente recebe 470 litros de esgoto por segundo: 100% dos esgotos de Presidente Prudente e de Álvares Machado; porém, sua capacidade de tratamento é para 529 litros por segundo.
O tratamento de esgoto garante saúde e qualidade de vida à população, além de contribuir com a qualidade da água nos rios e com a preservação do meio ambiente como um todo.
Tratamento de Esgoto
Na ETE Limoeiro, o esgoto passa por todas as etapas do tratamento através de lodos ativados: gradeamento, que remove resíduos que chegam à estação com o esgoto; desarenação, responsável pela retirada da areia; aeração, que é o processo biológico de tratamento; decantação secundária, que separa o lodo do efluente líquido; e a desinfecção por cloração do efluente líquido tratado.
Após o tratamento, uma parte do lodo resultante realimenta o ciclo biológico do sistema nos tanques de aeração e o restante é depositado em um aterro sanitário na própria ETE. Já a parte líquida que resulta do tratamento é lançada no córrego do Limoeiro. Para se ter ideia, a ETE tem 95% de eficiência na remoção de carga orgânica, bem acima dos 80% exigidos através da Lei Estadual nº 997, de 31 de maio de 1976, regulamentada pelo Decreto nº 8468, de 08 de setembro de 1976.
O tratamento dos esgotos de Presidente Prudente e de Álvares Machado, realizado na ETE Limoeiro, beneficia não apenas o córrego que leva o mesmo nome da ETE, mas também rios dos quais ele é afluente, como o rio Paraná.
Pesquisa
Técnicos e engenheiros da Sabesp, em parceria com professores da Poli/Usp e com o apoio da Fapesp, estão finalizando uma pesquisa na ETE que visa aperfeiçoar a transformação da amônia (substância presente no esgoto) em nitrito e nitrato e, posteriormente, em nitrogênio, que retorna para o ar. Os processos beneficiam o meio ambiente uma vez que evitam tanto o prejuízo aos seres viventes dos corpos dágua, no caso de lançamento de amônia (na forma de nitrogênio amoniacal) em rios e córregos, quanto a eutrofização (proliferação de algas em excesso). Investimentos na ordem de R$ 700 mil são feitos na pesquisa.