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Jornal do Commercio (AM)

Esta startup brasileira tem o sonho de criar órgãos usando bioimpressoras 3D (10 notícias)

Publicado em 20 de outubro de 2021

A TissueLabs, healthtech brasileira com apenas dois anos de vida, mantém conversas com quatro fundos de investimento — três deles brasileiros, segundo O Globo — para levantar US$ 2,5 milhões em um aporte do tipo seed, para startups em começo de carreira. A rodada deve acontecer nos próximos meses e deverá ser um grande reforço para a grande ambição da empresa: criar um coração humano em laboratório, usando bioimpressoras 3D.

Não será o primeiro dinheiro investido na TissueLabs.Já rolou um aporte deR$ 1,5 milhão em investimento anjo emjunho do ano passado, liderado pelo economista Eduardo Zylberstajn, além de cerca de R$ 2 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) através do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe). Esta última verba financiouum projeto para industrializar a manufatura das biotintas — combinações de hidrogéis com células em altíssima resolução.

Outra conquista foi a abertura de umescritório em Lugano, na Suíça. Este passo permitiu aobtenção, no mês passado, de uma bolsa de cerca de 15 mil francos suíços (R$ 89,7 mil) da InnoSuisse, agência de inovação do país.

Hoje,a startup oferece à comunidade científica os meios para fabricar órgãos e tecidos em laboratório. Ao mesmo tempo, desenvolve suas próprias linhas de pesquisamirando na fabricação futura de órgãos e tecidos para serem vendidos.Um de seusprodutos é uma bioimpressora chamada de TissueStart, que permitirá a impressão 3D de órgãos usando as taisbiotintas.

Mas a tecnologia ainda está em desenvolvimento.O objetivo será"imprimir"órgãos transplantáveis, mas hoje só produzpoucos centímetros de tecido."Ainda há muitos gargalos. Não conseguimos células em escala suficiente para produzir grandes tecidos. A criação de sistemas de microvascularização é uma dificuldade ainda maior. Mas acreditamos que em 15, 20 anos, conseguiremos a escala que procuramos", explicou o cofundador Gabriel Liguori.