De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente nos dois primeiros meses de 2024, o Brasil já enfrenta a maior epidemia de dengue, com oito estados e o Distrito Federal concentrando 91% dos 1.253.000 casos notificados até março. Além disso, o país registrou 299 mortes confirmadas e 765 óbitos em investigação. Esses números refletem uma transmissão da doença em uma escala superior à verificada nos anos anteriores.
A população em geral, especialmente moradores de grandes centros urbanos, estão em maior risco de contrair a doença, como observa o Ministério da Saúde. A adoção de medidas de prevenção adequadas, juntamente com a implementação de vacinação em larga escala, é essencial para conter o avanço da dengue no país.
A necessidade de investimento em tecnologias inovadoras para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, também foi abordada durante a audiência. Programas que envolvem a liberação de mosquitos infectados com a bactéria wolbachia têm apresentado resultados promissores na redução da incidência de arboviroses em algumas regiões do Brasil.
Além disso, a produção de vacinas contra a dengue, por meio de iniciativas como o Brasil Biotec, Cabbi, Remonar e Rede Vírus, foram destacadas como parte fundamental das estratégias de combate à doença. A vacina experimental desenvolvida pelo Instituto Butantan, que apresenta uma eficácia de aproximadamente 80% na proteção contra os quatro sorotipos da dengue, é um exemplo do avanço científico na busca por soluções eficazes.
Diante do cenário alarmante da dengue no Brasil, a integração de esforços entre o poder público, instituições de pesquisa e a sociedade civil torna-se crucial para enfrentar essa grave questão de saúde pública. A busca por novas tecnologias, estratégias inovadoras e a conscientização da população sobre a importância da prevenção são passos essenciais na luta contra a dengue.