Revista Pesquisa Fapesp apresenta lugares interessantes para o turismo científico
Desde que começou a ser publicada, há 20 anos, Pesquisa FAPESP apresentou numerosos lugares que merecem ser conhecidos: além de oferecerem belas paisagens, podem ensinar muito sobre plantas, animais, o próprio ser humano e o planeta. Quem andar pela Amazônia e pela Mata Atlântica poderá ver as florestas como refúgios de espécies de aves, algumas só recentemente identificadas pelos especialistas (ver edições nº 207 e 217), e espaços em contínua transformação (edição nº 267). Áreas isoladas como os morros cobertos de mata de Minas Gerais e de São Paulo são propícias para a formação de novas espécies de, por exemplo, orquídeas (edições nº 212 e 218).
O turista que se interessa por ciência e lê a revista verá também a Caatinga, espaço enganosamente estéril para a maioria das pessoas, como cenários de intricados processos ecológicos e rico em espécies exclusivas de árvores, peixes, lagartos e aves (edições nº 93 e 108). Uma área particularmente rica, sob uma monumental aridez, são as dunas do São Francisco, no norte da Bahia. As areias escaldantes de vegetação rala abrigam “uma fauna maluca”, como a definiu o biólogo Miguel Trefaut Urbano Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP), que visitou a região pela primeira vez em 1980 e 30 anos depois ainda a percorria, sempre encontrando animais fascinantes de cada lado do rio – algumas espécies de lagartos parecem cobras, por causa dos membros curtos. Nas dunas vivem bichos com pequenas diferenças de aparência ou constituição genética, as chamadas espécies irmãs, que compartilham um ancestral comum e seguiram caminhos evolutivos próprios a partir do momento em que o rio as separou.
Leia na íntegra: Pesquisa Fapesp