Notícia

Folha da Região (Araçatuba, SP) online

Escritor de Guararapes publica livro com tema relacionado à vida e filosofia (2 notícias)

Publicado em 17 de fevereiro de 2022

Essa notícia também repercutiu nos veículos:
Folha da Região (Araçatuba, SP)

Lançamento será amanhã (18), em Araçatuba, no Museu Ferroviário Moisés Joaquim Rodrigues, a partir das 18h30

O filósofo Flávio Luiz Mestriner Leonetti publica amanhã (18), seu livro “A utilidade vital da Filosofia aos maiores problemas da existência”. A obra é resultado da defesa da sua tese de doutorado, na FFLCH – USP, no ano de 2013. Natural de Guararapes-SP, Flávio é graduado, licenciado e doutor em Fiosofia pela FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP (Universidade de São Paulo), e pós-doutor pela EFLCH (Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

O escritor conta que a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) apoiou a primeira edição deste trabalho em 2016, porém com o título acadêmico “O princípio da integridade como o princípio da potência na figura de Sócrates segundo a obra de Xenofonte”.

Em relação à mudança do título, Flávio diz que, agora com os pósfácios prontos, a lapidação e o amadurecimento, emergiu uma necessidade mais funcional, a de transparecer mais, sobretudo, em meio aos desafios atuais, o subtítulo “a utilidade do eu zen (bem viver) do eu légein (bem pensar) e do eu prátein (bem agir)”.

O filósofo diz quais foram suas motivações para lançar o livro 9 anos após tê-lo escrito. “Posso afirmar que o que estimulou a publicá-lo tem sido a necessidade de confirmação de um sentido fundamental (que clama, mais do que nunca, agora, nestes tempos tão virtuais, tecnológicos): o autoconhecimento (que exige contínua revisão, reconhecimento constante, durante a vida inteira), o pensar-agir simultâneos, com critério global; e, finalmente, a realização individual-solidária”.

VIDA E FILOSOFIA

Pra o escritor a filosofia está presente na vida de todo ser humano, porém, muitas vezes de um modo velado e implícito. Em sua concepção, ela permanece “adormecida”, sutil, oculta, silenciosa, a menos que a pessoa seja iniciada, ou esteja desperta, sensível ao processo de descoberta, de busca por respostas, sendo, em suas palavras “capaz de “desvelar o que estava encoberto”.

Ele exemplifica esse processo de buscas. “Quando, ao invés de uma aceitação tácita de algo, sem exame, sem consideração, nós nos sensibilizamos, revisamos, reavaliamos, sendo capazes de questionar, de descobrir. Ou quando nos sensibilizamos para as dúvidas vitais”.

Flávio acredita que os questionamentos filosóficos podem expandir, relativamente, a própria consciência, presença e atuação quando, por exemplo, o ser humano é capaz de sair do nível mais automático / automatizante, quando é capaz de transcender o nível mecânico de consciência, elevando-se da dimensão mecânico-sensorial a uma dimensão mais consciente (sentimental, intelectual, solidária, idealística, por vezes, até a global, ou suprema).

“Para mim, a Filosofia pode se tornar, também, uma emocionante “aventura do espírito”, harmonizando com o que há de essencial em cada um de nós, sempre respeitando as diferenças, incluindo, buscando coexistir com a diversidade e, mesmo, as oposições; clarificando as melhores condições, não somente à sobrevivência (como nos tempos de crise), como à transformação, transmuta do risco / perigo em oportunidade / possibilidade”, reflete o filósofo.

O escritor ainda comenta que deseja despertar sentimentos naqueles que lerem sua obra. “O sentimento que intenciono despertar é o de resgate da própria sensibilidade (inclusive, a mais básica, a sensibilidade instintiva, enfraquecida com o moderno estilo de vida, que busca, unilateralmente, facilidade para tudo), o resgate da própria reintegração; o sentimento do ser humano que se supera”.

FUTURO

O escritor diz que já possuí outra obra para ser publicada futuramente, dessa vez fruto do seu trabalho desenvolvido no pós-doutorado, cujo título acadêmico era “As possibilidades dere-formação da constituição ternária por meio da arte, ciência e filosofia”. Mas que está sendo editado com o seguinte nome: “Vida, uma senhora desconhecida – Filosofia, Arte e Ciência”.

LANÇAMENTO

O lançamento do livro em Araçatuba será no dia 18 de fevereiro, no Museu Ferroviário Moisés Joaquim Rodrigues, localizado na Rua Joaquim Nabuco, nº 125 – Centro, das 18h30 às 21h30. Na ocasião haverá palestra, diálogo (roda de conversa) e sessão de autógrafos, além de um pouco de poesia e música. O lançamento tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

*Renata Pardo, estudante de jornalismo e estagiária da redação da Folha da Região