Pagar menos ou nada para estudar é uma boa ajuda para a saúde do orçamento mensal de qualquer família. Mas fazer algum trabalho relacionado com o curso e receber algum dinheiro por isso também pode salvar o mês do estudante ? além de garantir uma experiência muito valorizada no currículo.
A FEI é uma das universidades que oferecem isso. "Eles podem fazer monitoria ou participar de algum programa de ação social da universidade e receber uma remuneração por isso", explica a vice-reitora Rivana Fabbri Marino. O valor depende da quantidade de horas que o aluno dedica a esse trabalho.
Segundo a vice-reitora, a remuneração é chamada de bolsa porque não gera relação de trabalho. "Mas é como se fosse um salário", diz. "Prestamos auxílio à comunidade aproveitando o que os alunos aprendem na sala de aula. É um trabalho de cunho social."
A principal atuação desses alunos é com a inclusão digital. "Na engenharia, os estudantes têm muito contato com a computação. Para a população carente, esse aprendizado faz toda a diferença", opina a vice-reitora. Há ainda a possibilidade de trabalhar em algum setor da escola, com remuneração variável com a carga horária.
Alunos do Mackenzie também podem participar de projetos comunitários desenvolvidos com comunidades carentes, segundo o assistente financeiro da universidade, Antônio Luís. Quem participa recebe uma remuneração, também variável de acordo com o tempo que é dedicado ao projeto.
Nas Faculdades Metropolitanas Unificadas (FMU) também há a possibilidade de fazer monitoria, assim como na Universidade São Marcos. Lá, segundo o gerente de Receitas Edson de Freitas, a monitoria está ligada ao bom desempenho escolar do aluno. "É preciso ter boas notas e freqüência", explica.
Um projeto de iniciação científica, aliás, é uma boa chance de garantir algum ganho mensal. Ela normalmente está ligada ao bom desempenho acadêmico. Esse tipo de projeto exige dedicação e pesquisa ? o objetivo é ampliar o conhecimento científico do aluno e da universidade. Algumas escolas, como a PUC e a FEI, têm centros de pesquisa próprios. Há ainda a Fapesp e o CNPq, órgãos públicos que incentivam e financiam pesquisas. Os alunos que participam recebem uma bolsa mensal, um valor em dinheiro. Mas, além disso, ganham uma experiência que pesa no currículo ? principalmente para os estudantes que quiserem, posteriormente, fazer pós graduação ou seguir carreira acadêmica.
A monitoria, que existe na maioria das universidades públicas ou particulares, também pode ser um empurrão profissional, principalmente para os alunos que buscam uma carreira acadêmica.
Notícia
Jornal da Tarde