O Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão, instalado no prédio da Engenharia Mecânica e Naval da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) já está em operação. O espaço é parte das instalações do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (Rcgi).
Trata-se de um equipamento multiusuário que funcionará nos moldes do programa EMU da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e que pode ser compartilhado por pesquisadores de outras instituições de pesquisa, públicas ou privadas. “É um laboratório de ponta para diagnóstico de combustão utilizando-se técnicas ópticas, um equipamento único no Brasil, em âmbito universitário, com essa configuração e esses padrões de segurança.
A ideia é que essa estrutura esteja disponível para os interessados em estudar processos de combustão, não só da comunidade da USP, mas de outras universidades do Estado de São Paulo e de fora dele”, afirma o professor Guenther Carlos Krieger Filho, coordenador do laboratório. Ele ressalta que é uma das estruturas mais avançadas da América Latina para diagnóstico de combustão usando técnicas de laser. “Nossos principais objetivos são, com uso de técnicas de laser, caracterizar fluxos reativos e fornecer medições experimentais para validar simulações numéricas. Estamos aptos, por exemplo, a caracterizar injetores automotivos, queimadores industriais, a investigar a estabilidade de processos de combustão, entre outros.
E também a desenvolver sistemas de combustão mais eficientes, que emitam menos poluentes. Isso, é claro, em escala laboratorial.” O local é abastecido com vários tipos de gás: metano, GLP, hidrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio. Os cilindros de gases ficam isolados fora do laboratório, em estruturas de alvenaria protegidas por grades. De cada uma delas sai um duto que conduz o gás até a sala onde acontecem os experimentos.